Príncipe William busca na América Latina candidatos a prêmio de R$ 7,5 milhões
Serão selecionados 15 finalistas para programa que dá bolsas de estudos, além de cinco vencedores do concurso que busca projetos na área ambiental
O prêmio Earthshot, fundado pelo príncipe William, ampliou nesta sexta-feira, 29, o prazo de inscrições para pessoas, empresas, organizações comunitárias, grupos indígenas e ONGs da América Latina e Caribe que apresentem projetos, iniciativas ou “soluções climáticas inovadoras”. Ao todo, serão selecionados 15 finalistas para o Programa de Bolsas de Estudo, além de cinco vencedores, que receberão cada um o prêmio de 1 milhão de libras (cerca de R$ 7,5 milhões na cotação atual).
“Inspirado na iniciativa “Moonshot”, do presidente norte-americano John F. Kennedy, o Prêmio Earthshot tem como objetivo descobrir, destacar e ajudar a ampliar as soluções mais impactantes para os maiores desafios ambientais do mundo”, explicou a organização do prêmio em comunicado.
Para participar da edição deste ano, interessados devem preencher o formulário de envio. A soluções e iniciativas, no entanto, devem apresentar resultados comprovados – e que possam ser ampliados. Depois disso, as inscrições serão submetidas a um “rigoroso” processo de verificação e seleção conduzido pelo Painel Consultivo de Especialistas do Prêmio Earthshot, que é composto por mais de 100 especialistas em conservação, ciência, tecnologia, negócios, finanças e política.
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Presença brasileira
Mais de 100 indicados que participarem do processo também podem ser beneficiados, já que a organização atua “divulgando o perfil de seus trabalhos, estabelecendo conexões valiosas e oferecendo oportunidades de treinamento”. Na América Latina e Caribe, a premiação já consagrou os vencedores e finalistas Acción Andina, Amazon Sacred Headwaters Alliance, Belterra, Coral Vita, High Ambition Coalition for Nature and People e República da Costa Rica.
Nesse renomado círculo, há a presença de uma organização brasileira. Finalista de 2023, a Belterra Agroflorestas é uma iniciativa que busca “viabilizar a implantação de Sistemas Agroflorestais em larga escala” para promover a “regeneração da saúde do solo, restauração da paisagem natural e recuperação da biodiversidade”, como revela o site da instituição.
A Belterra atua ao lado de pequenos e médios agricultores, oferecendo serviços como “assistência técnica e extensão rural especializada em agricultura regenerativa, facilitação de acesso a crédito e a mercados compradores”. Ao todo, a empresa já fechou mais de 45 contratos e plantou 1.805 hectares de agroflorestas, que incluem 540 mil mudas de bananas, 62 mil de cacau e 55 mil de espécies florestais, desde a fundação em 2020.