O primeiro-ministro da Finlândia, Antti Rinne, renunciou ao cargo nesta terça-feira, 3, após ter assumido o posto em junho. O liberal Partido do Centro, principal parceiro do social-democrata no governo de coalizão, decidiu retirar a confiança em Rinne como líder do Executivo. Sua renúncia ocorreu pouco antes de o finlandês enfrentar uma moção de censura no Parlamento (Eduskunta), apresentada pela oposição. O argumento foi de má administração do governo na resolução de uma disputa trabalhista dentro da empresa estatal de correios, a Posti.
O Partido Social-Democrata (SDP) precisa agora designar o sucessor de Rinne e formar um novo governo, sujeito à aprovação do Parlamento na próxima semana. Sanna Marin, vice-presidente da legenda e ministra dos Transportes, anunciou estar disposta ao desafio, reporta o jornal finlandês Helsinki Times. Caso a coalizão de governo – composta pelo SDP, o Partido do Centro, os Verdes, a Aliança de Esquerda e o Partido Popular Sueco da Finlândia – não consiga superar a moção de censura, novas eleições podem ser convocadas.
Na sexta-feira, 29, também renunciou a ministra Sirpa Pateero, responsável pelas empresas estatais, como a Posti. Ambos Rinne e Pateero foram acusados de fornecer informações imprecisas e contraditórias sobre a transferência de contratos de trabalho de 700 funcionários, o que reduziria seus salários.
As renúncias ocorrem após duas semanas de greves, em que trabalhadores da Posti cessaram as atividades para pressionar os governantes. Funcionários de outras empresas aderiram ao movimento, como os da companhia aérea Finnair, que cancelou 300 voos.
(Com EFE)