A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, foi atacada nesta sexta-feira, 7, por um homem na praça Kultorvet, em Copenhague. Em comunicado à emissora americana CNN, o gabinete da premiê disse que ela “está chocada com o incidente”, mas que o suspeito já havia sido preso. Não há informações sobre a gravidade dos ferimentos.
Uma testemunha disse à agência de notícias Reuters que Frederiksen “parecia um pouco estressada” enquanto era escoltada pelos seguranças, depois do ataque. Há poucas semanas, o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, foi baleado em uma tentativa de assassinato. Ele foi atingido no abdômen e ficou “em estado de risco de vida”, segundo comunicado. Fico recebeu alta do hospital na semana passada.
A agressão contra a líder social-democrata dinamarquesa ocorre às vésperas das eleições do Parlamento Europeu, braço legislativo da União Europeia (UE), previstas para 9 de junho. Sondagens sugerem que votação culminará em um “acentuado giro à direita”, à medida que partidos ultradireitistas e anti-imigração ganham espaço.
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Repercussão internacional
Com a notícia do ataque, políticos saíram em defesa de Frederiksen nas redes sociais. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse que ficou “chocada” com a notícia e condenou o “ato desprezível”. No X, antigo Twitter, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, escreveu que sua homóloga dinamarquesa é “uma líder comprometida, uma pessoa maravilhosa e uma grande amiga”.
Ele destacou que o episódio é um “ataque contra todos nós que acreditamos numa Europa de liberdade, tolerância e paz”, acrescentando: “a violência não tem lugar na UE”. O premiê português, Luís Montenegro, expressou “solidariedade a Mette Frederiksen” e repudiou “este ataque violento a um líder democrático eleito”.
O sentimento foi compartilhado pela primeira-ministra da Letônia, Evika Siliņa, que afirmou que está “profundamente chocada com o ataque escandaloso” contra a premiê, a quem chamou de “amiga”. Por sua vez, o ministro do Meio Ambiente da Dinamarca, Magnus Heunicke, disse que o ocorrido “abala todos nós que estamos próximos a ela”.