Pelo menos seis pessoas morreram em um ataque suicida contra a prefeitura de Mogadíscio, na Somália, executado pelo grupo terrorista Al Shabab nesta quarta-feira, 24. O prefeito da capital, Abdirahman O. Osman, permanece ferido em estado grave, segundo informaram o governo e fontes policiais.
O atentado tinha como alvos Osman e o enviado da ONU na Somália, James Swan, que participavam de uma reunião de segurança no prédio da prefeitura.
Segundo o comandante da polícia local, Ali Adan Taagey, uma pessoa que ainda não foi identificada invadiu o edifício e detonou os explosivos que carregava. O ataque aconteceu pouco depois de Swan deixar a reunião.
O grupo jihadista Al Shabab reivindicou a autoria do atentado e indicou que seu alvo era exatamente o enviado da ONU, que acaba de ser designado.
Entre os mortos estão os comissários dos distritos de Waberi e Abdiasis, em Mogadíscio, e outros funcionários municipais, segundo o ministro de Informação somali, Mohammed Abdi Hayr Mareye, que acrescentou que outras oito pessoas ficaram feridas.
O prefeito de Mogadíscio, e também governador da região de Benadir, foi levado a um hospital, onde está internado em estado crítico, segundo confirmaram meios de comunicação locais.
O grupo Al Shabab costuma cometer estes tipos de atentados com frequência na capital do país.
Nesta manhã, um grupo não identificado atacou com um morteiro a área onde se encontra o palácio presidencial, em um incidente que não deixou mortos.
O último ataque mais sangrento ocorreu há apenas dois dias, quando pelo menos 19 pessoas morreram e 23 ficaram feridas em um ataque suicida com carro-bomba nos arredores de um posto de controle perto do aeroporto internacional Aden Adde de Mogadíscio.
Outro dos ataques recentes mais graves do Al Shabab foi o cometido no último dia 12 na cidade portuária de Kismayo, onde morreram pelo menos 26 pessoas, entre elas dois americanos, um britânico e um canadense.
Al Shabab, que aderiu formalmente à rede terrorista Al Qaeda em 2012, controla parte do centro e do sul da Somália e luta com o objetivo de instaurar um Estado islâmico do tipo wahhabista nesse país.
A Somália vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre. A mudança deixou o país sem um governo efetivo e à mercê de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra e grupos de delinquentes armados.
(Com EFE)