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Por que os EUA estão criando bilhões de moscas em cativeiro

Governo americano luta contra uma peste que pode colocar em risco indústria de carne bovina

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 jul 2025, 18h16

O governo dos Estados Unidos se prepara para soltar bilhões de moscas de aviões para combater uma larva carnívora no sul do Texas e no México, informou a agência de notícias Associated Press nesta quarta-feira, 2. A praga pode dizimar a indústria de carne bovina dos EUA, já que se instala em feridas e, em pouco tempo, causa a morte dos animais.

A dor de cabeça tem sido causada pela larva da mosca-bicheira-do-Novo-Mundo. Ao contrário da maioria das larvas de mosca, essa espécie se alimenta de carne morta. Embora os veterinários tenham tratamentos eficazes para animais contaminados, infestação é incômoda e gera dor para os animais. Os humanos não estão imunes, muito menos seus bichos de estimação. A estratégia, no entanto, é antiga: criar larvas estéreis para que combatam algum tipo de peste.

Para combatê-la, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) planeja aumentar a reprodução e a soltura de moscas machos adultas esterilizadas, por meio de radiação. Com o acasalamento, as fêmeas colocam ovos não fertilizados que, por sua vez, nunca eclodem. A quantidade de machos soltos no ambiente precisa ser grande o suficiente para que as fêmeas não tenham outra opção se não acasalar com eles. A tendência é que, com o tempo, a espécie desapareça. O método é mais ecologicamente correto do que pulverizar até a extinção.

“É uma tecnologia excepcionalmente boa”, disse Edwin Burgess, professor assistente da Universidade da Flórida que estuda parasitas em animais, à Associated Press. “É uma tecnologia sem precedentes em termos de traduzir a ciência para resolver algum tipo de problema de grande porte.”

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Fábrica de moscas

Décadas atrás, os EUA tinham fábricas de moscas na Flórida e no Texas, mas foram fechadas após a erradicação da praga.  O USDA planeja abrir um centro de distribuição de moscas no sul do Texas até o final do ano para importar e distribuir moscas do Panamá, um epicentro das larvas no passado. A fábrica de moscas-do-Panamá pode criar até 117 milhões de moscas por semana.

O USDA, no entanto, deseja que o número suba para 400 milhões por semana. Espera-se que US$ 8,5 milhões sejam no Texas e US$ 21 milhões para converter uma instalação no sul do México, que deve ser aberta até 2026. 

A mosca-bicheira do Novo Mundo é uma espécie tropical, ou seja, tratava-se de um flagelo sazonal. Com o avanço da praga, os Estados Unidos fecharam temporariamente sua fronteira sul em maio para importações de gado vivo, cavalos e bisões. A divisa só voltará a abrir pelo menos até meados de setembro.

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A empreitada, contudo, não acaba com a produção das moscas: elas precisam ser libertadas no meio ambiente. Os cientistas colocam as moscas em caixas através de uma máquina conhecida como “Whiz Packer”. Elas são, então, transportadas na aeronave até o local onde as caixas romperão o céu — e as moscas não terão outra escolha a não ser pôr fim à própria espécie.

 

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