O Pentágono retirou na terça-feira 28 o sigilo de três vídeos gravados por pilotos da Marinha americana que mostram objetos voadores não identificados, os chamados OVNIs. O conteúdo já circulava há anos, mas essa foi a primeira vez que o governo americano se pronunciou sobre o caso e confirmou a veracidade das filmagens.
Um desses vídeos com imagem em preto e branco é de novembro de 2004, e os outros dois, de janeiro de 2015.
O Departamento da Defesa explicou que decidiu divulgar o material “para dissipar qualquer ideia falsa do público sobre a veracidade ou não das imagens transmitidas, ou sobre saber se havia ou não mais [filmagens]”. O Pentágono acrescentou que “o fenômeno aéreo observado nos vídeos ainda é classificado como ‘não identificado'”.
Em uma dessas gravações, observa-se um objeto de forma elíptica que se move rapidamente. Alguns segundos depois de ser detectado por um dos sensores da Marinha, desaparece pela esquerda, após uma aceleração repentina.
Em outro vídeo, um objeto é visto acima das nuvens. Ouve-se no áudio da cabine o piloto ser questionado sobre se o aparelho era um drone. “Tem um enxame (…) Meu Deus, estão todos contra o vento! Um vento oeste de 120 nós (cerca de 220 km/h)!”, diz seu parceiro de voo. “Olhe para isso!”, afirma o interlocutor, no momento em que o objeto começa a girar.
Os dois vídeos de 2015:
O vídeo de 2004:
O piloto aposentado da Marinha David Fravor, que viu um desses OVNIs em 2004, disse à rede de notícias americana CNN em 2017 que o objeto se deslocava de forma irregular. “Quando me aproximei dele, ele acelerou rapidamente para o sul e desapareceu em menos de dois segundos”, relatou, acrescentando que era “como uma bola de pingue-pongue quicando em uma parede”.
O fato de um objeto ser classificado pelas autoridades com um OVNI não significa necessariamente que ele tenha origem extraterrestre. Como o próprio nome indica, o termo aponta apenas que não foi possível identificar o que foi observado. Fenômenos meteorológicos, aviões experimentais e drones são algumas das explicações para um avistamento – além, é claro, da hipótese mais popular, embora menos provável, de visitantes alienígenas.
Harry Reid, ex-senador de Nevada, estado que abriga a base conhecida como Área 51, epicentro das teorias da conspiração sobre extraterrestres, comemorou em um tuíte que o Pentágono tenha divulgado as imagens. Lamentou, porém, que os vídeos “apenas toquem a superfície das investigações e da documentação disponível”. “Os Estados Unidos devem examinar isso séria e cientificamente, assim como todas as implicações potenciais para a segurança nacional. O povo americano merece ser informado”, escreveu ele.
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Clique e Assine(Com AFP)