Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Políticos do Brasil e mais 12 países exigem banir venda de armas a Israel

Iniciativa conta com participação de nações como França, Alemanha, Reino Unido e EUA; congressistas dizem que seus governos são 'cúmplices' de Tel Aviv

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 18h51 - Publicado em 1 mar 2024, 10h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em carta divulgada nesta sexta-feira, dia 1º, mais de 200 deputados de 13 países firmaram o compromisso de tentar persuadir os seus respectivos governos a pressionar pelo fim da venda de armas a Israel, em guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas há quase cinco meses. Entre os países com políticos que aderiram ao documento da organização Progressive International estão: Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Holanda, Portugal, Espanha, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos — este último com apenas duas assinaturas, das congressistas Rashida Tlaib e Cori Bush.

    Publicidade

    Na declaração, os participantes afirmaram que não serão “cúmplices da grave violação do direito internacional por parte de Israel”, em referência aos 30 mil mortos na Faixa de Gaza desde a eclosão do conflito, em 7 de outubro. O texto argumentou que “armas letais e as suas peças, fabricadas ou transportadas através dos nossos países, ajudam atualmente o ataque israelense à Palestina”, de forma a “matar, mutilar e desapropriar” a população local.

    Publicidade

    A carta também tratou das determinações da Corte Internacional de Justiça (CIJ), sem poder vinculativo, sobre o caso de genocídio apresentado pela África do Sul contra Israel. Em janeiro, o tribunal instou o governo israelense a tomar medidas para prevenir e punir a incitação direta ao genocídio e conter mortes e danos na sua ofensiva militar, mas não impediu o prosseguimento das operações na Faixa de Gaza, como desejado pela delegação sul-africana.

    Os políticos indicaram que os preparativos para nova série de ataques à superpovoada cidade de Rafah, no sul do enclave, contrariam a deliberação da CIJ. Metade dos habitantes de Gaza foi deslocada para lá sob orientações prévias das tropas israelenses, que atacaram o norte do enclave palestino no início do confronto. Por lá, há escassez de medicamentos e de alimentos. Estima-se que 5% das crianças com menos de dois anos que estão na cidade sofrem de subnutrição aguda, de acordo com um relatório das Nações Unidas emitido em janeiro.

    Publicidade

    + Israel mata ‘intencionalmente’ civis de Gaza por fome, diz relator da ONU

    Continua após a publicidade

    Equipe brasileira

    Ao todo, 14 políticos brasileiros aderiram à iniciativa — de maioria do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), com somente um do Partido dos Trabalhadores (PT). A trupe, mesmo que maior do que a de Portugal e da Bélgica, ainda fica atrás de uma gama de países, como França, Espanha e Reino Unido. Veja a lista dos signatários de Brasília abaixo:

    Publicidade

    + Corte em Haia ordena que Israel previna e puna incitação ao genocídio

    Leia a carta completa

    “Nós, os parlamentares abaixo assinados, declaramos o nosso compromisso de acabar com as vendas de armas das nossas nações ao Estado de Israel.

    Publicidade

    As nossas bombas e balas não devem ser usadas para matar, mutilar e desapropriar os palestinos. Mas são: sabemos que as armas letais e as suas peças, fabricadas ou transportadas através dos nossos países, ajudam atualmente o ataque israelense à Palestina, que custou mais de 30.000 vidas em Gaza e na Cisjordânia.

    Continua após a publicidade

    Não podemos esperar. Após a decisão provisória do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) sobre o caso da Convenção do Genocídio contra o Estado de Israel, um embargo de armas deixou de ser uma necessidade moral para se tornar um requisito legal.

    Publicidade

    Não seremos cúmplices da grave violação do direito internacional por parte de Israel. A CIJ ordenou que Israel não matasse, prejudicasse ou “deliberadamente [infligisse] aos [palestinos] condições de vida calculadas para provocar… destruição física”. Eles recusaram. Em vez disso, prosseguem com um ataque planeado a Rafah que o Secretário-Geral das Nações Unidas alertou que irá “aumentar exponencialmente o que já é um pesadelo humanitário”.

    Hoje, tomamos uma posição. Tomaremos medidas imediatas e coordenadas nas nossas respectivas legislaturas para impedir que os nossos países armem Israel.”

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.