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Polícia do Haiti mata mais um líder de gangue em meio a crise de segurança

Vácuo de poder abriu espaço para o crime organizado, mas conselho de transição que assumirá Presidência antes de futuras eleições já está pronto

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h13 - Publicado em 22 mar 2024, 09h47
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  • Uma operação policial no Haiti matou o chefe da gangue Delmas 95, membro da aliança que une os principais grupos do crime organizado no país, na quinta-feira 21. A polícia também informou que, um dia antes, “vigilantes” mataram outra liderança criminosa na capital, Porto Príncipe, em meio a uma onda de violência que desencadeou a renúncia do primeiro-ministro e iniciou mudanças no sistema político haitiano.

    O chefe de gangue Ernst Julme, conhecido como “Ti Greg”, era membro da aliança “Viv Ansanm” do infame Jimmy “Barbeque” Cherizier. Sua morte representa um revés para os planos das gangues assumirem o controle de uma parte maior de Porto Príncipe, cidade onde já controlam cerca de 80% do território. Julme estava entre as centenas de presos que escaparam, no início do mês, da maior prisão do Haiti, uma fuga em massa que desencadeou a recente onda de violência.

    + Quem é ‘Barbecue’ Chérizier, que ameaça começar ‘guerra civil’ no Haiti

    Conselho de transição

    O caos no país levou o primeiro-ministro, Ariel Henry, a renunciar na semana passada, após críticas de que ele nunca organizou as eleições que ficara encarregado de realizar após ser apontado como interino. Nesta semana, grupos políticos afirmaram ter selecionado todos os membros de um conselho de transição que assumirá os poderes presidenciais antes de um futuro pleito.

    O conselho, cujo objetivo é unificar a política fraturada do Haiti, tem a tarefa de nomear um substituto para Henry. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, comemorou a conclusão do conselho.

    + Terra sem lei: como o Haiti se afundou no vazio institucional

    “O secretário-geral comemora os relatos de que todas as partes interessadas haitianas nomearam representantes para o Conselho Presidencial de Transição”, disse o porta-voz das Nações Unidas Farhan Haq em coletiva de imprensa.

    Cherizier ameaçou represálias contra políticos e suas famílias caso participassem no conselho proposto.

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