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Polícia americana admite erro em ação na escola onde 19 crianças morreram

A avaliação é a de que os policiais demoraram demais para entrar na escola, apesar dos apelos dos estudantes pedindo ajuda

Por Cilene Pereira 28 Maio 2022, 16h54

“Por favor, mandem a polícia agora”, pediu à polícia, pelo celular, uma das estudantes que estavam na Robb Elementary School, escola da cidade de Uvalde, nos Estados Unidos, onde na terça-feira 24 o jovem Salvador Ramos, de 18 anos, matou a tiros 19 crianças e dois professores. O pedido de socorro foi feito às 12:03, mas a polícia só entrou no prédio às 12h51. Antes, às 12h43, a mesma garota fez novo apelo, repetindo a súplica quatro minutos depois.

Nesses quatro dias de investigação, um dos pontos que continuam obscuro é por que a polícia demorou tanto a agir. A avaliação é a de que houve erro na decisão de atrasar a entrada das forças policiais. “Vendo a perspectiva de hoje, não foi a melhor decisão”, disse Steven McCraw, diretor do Departamento de Segurança Pública do Texas. “Foi a decisão errada. Ponto final”, completou.

Em situações de invasão de escolas por atiradores, o protocolo determina que a polícia atue prontamente e não fique esperando reforços. No terça-feira, 24, no entanto, cerca de vinte policiais ficaram do lado de fora aguardando ajuda por quase uma hora, enquanto o atirador já estava dentro da escola.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve visitar a cidade no domingo, 29, quando participará de cerimônia em lembrança das vítimas. Neste sábado, 28, Biden esteve na Universidade de Delaware e mais uma vez se pronunciou em favor da aprovação pelo Congresso americano de restrições à venda de armas no país. “Temos de nos manter fortes para tornar nosso país mais seguro, inclusive para as crianças”, afirmou o presidente.

Enquanto isso, em Houston, segue acontecendo a convenção anual da Associação Nacional de Rifles, mais importante entidade americana a defender o direito de compra de armas. Na sexta-feira, 27, o ex-presidente Donald Trump discursou no evento, defendendo o livre comércio e o direito de os americanos portarem armas.

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