Plano de Theresa May para ‘Brexit’ recebe críticas
Primeira-ministra espera que início das negociações formais sobre a saída de um país comunitário da UE comece no dia 7 de março
Os esforços de parlamentares a favor da União Europeia para balancear o plano de retirar o Reino Unido do grupo econômico e político composto por 28 partidos ganharam força neste domingo (5), quando um membro do próprio partido da primeira-ministra, Theresa May, criticou sua estratégia antes de votações parlamentares que irão testar a pequena maioria do governo.
Um debate de três dias sobre uma lei que dá à May o direito de iniciar oficialmente a saída do Reino Unido da União Europeia começa na segunda-feira (6) e será seguido por uma série de votações sobre a inclusão de condições extra às negociações iniciais de seu plano em 31 de março.
Parlamentares votaram amplamente em favor do princípio da nova lei na semana passada, sinalizando que é improvável que May seja impedida completamente de dar início ao Brexit. Mas a premiê precisará do apoio de todo o seu partido para aprovar a estratégia sem mudanças.
O domingo trouxe os primeiros sinais de deserção interna no Partido Conservador que, caso se espalhem, podem provocar emendas na lei, prejudicando a autoridade de May e potencialmente dando aos negociadores da UE uma alavanca poderosa nas conversas sobre a saída britânica do bloco.
“Nós podemos nos deparar com a perspectiva de deixar a UE ‘caindo de um penhasco’ – como alguns descreveram a saída sem acordo – com consequências potencialmente desastrosas”, disse o parlamentar Neil Carmichael neste domingo.
May disse que o Parlamento terá a oportunidade de escolher entre aceitar o acordo ao qual ela chegar com a UE ou rejeitá-lo e deixar o bloco sem qualquer acordo sobre questões como comércio e imigração. Mas os membros do Parlamento querem ter mais influência.
“O Parlamento deve ter a palavra final quando chegarmos ao fim do jogo”, escreveu Carmichael no jornal Daily Mail no domingo, argumentando que os membros do parlamento deveriam ser capazes de levar May de volta à mesa de negociações.
Com Reuters