Peru tira turistas ilhados de Machu Picchu em meio a estado de emergência
Cerca de 300 visitantes de todo o mundo ficaram presos no local histórico durante onda de protestos no país
Centenas de turistas ilhados na antiga cidade de Machu Picchu, no Peru, estão sendo retiradas da área desde que o país declarou estado de emergência devido às manifestações que se seguiram à destituição e à prisão do agora ex-presidente Pedro Castillo. Os serviços ferroviários e aéreos foram interrompidos quando os manifestantes invadiram meios de transporte.
Cerca de 300 turistas de todo o mundo, incluindo sul-americanos, americanos e europeus, ficaram presos no local histórico, segundo Darwin Baca, prefeito de Machu Picchu. Baca disse à emissora CNN na sexta-feira 16 que solicitou voos de helicóptero para retirar os turistas depois que as manifestações interromperam trens e voos.
A PeruRail, operadora ferroviária do Peru para as regiões sul e sudeste do país, disse em comunicado no sábado 17 que os trens começaram a retomar as operações em Machu Picchu como medida de emergência.
“Com esse objetivo, estamos coordenando com a prefeitura de Machu Picchu para garantir o embarque adequado das pessoas nesses trens, priorizando o atendimento aos idosos, pessoas com problemas de saúde e famílias com crianças”, diz o comunicado.
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A empresa ferroviária também disse que os turistas serão levados de ônibus da comunidade de Piscacucho para a cidade de Cuzco, onde está localizado o Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete (CUZ).
O Ministério dos Transportes do Peru disse na sexta-feira 16 que Machu Picchu retomou voos, depois de terem sido temporariamente suspensos em meio a protestos no país.
“Os passageiros que precisam se deslocar durante o toque de recolher podem usar suas passagens como salvo-conduto”, disse o ministério.
Os trens indo e voltando de Machu Picchu, o principal meio de acesso ao Patrimônio Mundial da Unesco, foram interrompidos na terça-feira 13, e a PeruRail disse em seu comunicado que lamentava a interrupção de seus serviços “causada por uma situação fora do controle de nossa empresa”.
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No domingo 18, Paola Lazarte, ministra de Transportes e Comunicações do Peru, também disse que estão sendo feitas obras no Aeroporto de Arequipa, o maior aeroporto do sul do Peru, para retomar as operações depois que ele foi fechado devido a protestos. Ela acrescentou que o aeroporto recebeu kits de iluminação adicionais que ajudaram a retomar voos noturnos no sábado.
O distrito municipal de Machu Picchu disse em um comunicado na sexta-feira 16 que esperava retirar todos os turistas até sábado.
“A autarquia, através da Unidade de Turismo, efetua a coordenação necessária para a seleção e priorização de crianças e pessoas vulneráveis para o traslado em voos humanitários, trabalho que tem sido feito em coordenação com a Polícia Nacional e o Centro de Saúde distrital”, disse o comunicado.
Pelo menos 20 pessoas já morreram nos protestos que começaram no início deste mês.