Peru proíbe a entrada de Maduro e integrantes do governo venezuelano
A decisão ocorre às vésperas de o presidente venezuelano assumir seu 3º mandato, cuja reeleição não é reconhecida por Lima

O ministro das Relações Exteriores do Peru, Nestor Popolizio, anunciou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, integrantes do governo do país e suas famílias estarão proibidos de entrar em território peruano.
A decisão ocorre às vésperas de Maduro assumir o terceiro mandato presidencial, cuja reeleição não é reconhecida pelo Peru e por mais catorze países da região, inclusive o Brasil. Entre os membros da Grupo de Lima, apenas o México se recusou a aceitar tais termos.
O texto, assinado pelo grupo, condenou firmemente a “ruptura da ordem constitucional e do Estado de Direito na Venezuela” e ressaltou que a solução para a crise política do país dependerá exclusivamente dos venezuelanos.
O chanceler peruano informou que a medida de proibir a entrada de Maduro faz parte dos acordos adotados em conjuntos com outros países. O gesto seria mais uma forma de exercer pressão internacional para condenar a crise democrática e humanitária na Venezuela.
“O [governo do] Peru vai enviar uma comunicação para o superintendente de imigração com uma lista de todos os nomes ligados ao regime Maduro, incluindo membros da família, informando que não podem entrar no país”, disse Nestor Popolizio.
O chanceler lembrou que, no caso da Venezuela, não é necessário um visto para entrar no território peruano, mas o governo peruano tem a prerrogativa de impor restrições de natureza migratória. “O que queremos é exercer pressão direta sobre o regime de Maduro, sobre o governo principal para permitir que eles voltem à democracia”, disse o ministro.
Acrescentou esse tipo de medida gera o isolamento do governo de Maduro, “cujas decisões antidemocráticas causaram uma crise interna naquele país”.
Popolizio observou que o Grupo Lima não reconhece o novo mandato presidencial de Maduro, que começará em 10 de janeiro, e confirmou que o Peru não comparecerá à cerimônia de posse. Criado em 2017 em meio à onda de protestos contra Maduro, o grupo é integrado por Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lúcia.
(Com Agência Brasil)
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