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Pequim denuncia entrada de embarcação dos EUA no Mar do Sul da China

Marinha americana afirma que chineses agiram de forma agressiva para expulsar seu destróier de águas disputadas

Por Da Redação
Atualizado em 2 out 2018, 16h32 - Publicado em 2 out 2018, 11h18
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  • A China acusou nesta terça-feira, 2, os Estados Unidos de desrespeitarem sua soberania após a entrada de uma embarcação de guerra da Marinha americana em águas do Mar do Sul da China. A região é disputada por diversos países asiáticos e a China tem imposto sua presença no local capturando ilhas e atóis.

    Segundo o porta-voz do Ministério Nacional de Defesa chinês, Wu Qian, as relações entre as duas nações foram “severamente prejudicadas” pela entrada do destróier de mísseis teleguiados USS Decatur “em águas de ilhas e recifes chineses do Mar do Sul da China no dia 30 de setembro”.

    Os Estados Unidos, por sua vez, afirmaram que a forma como os chineses agiram para expulsar sua embarcação da região foi “insegura e não profissional”.

    “O destróier da República Popular da China se aproximou até 45 metros da proa do Decatur, depois do que o Decatur manobrou para evitar uma colisão ”, disse o porta-voz da Frota do Pacífico dos Estados Unidos, Charlie Brown, classificando a resposta chinesa como “agressiva”.

    O conflito acontece ao mesmo tempo em que o secretário do Departamento de Defesa americano James Mattis anunciou o cancelamento de uma viagem que faria à China este mês para abordar assuntos de segurança. Fontes do Pentágono atribuíram a mudança de planos à crescente tensão entre os dois países.

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    O caso

    Segundo a Marinha chinesa, assim que o navio americano foi identificado, seus comandantes foram advertidos de que deveriam deixar o Mar do Sul da China, no qual Pequim se considera soberana.

    “Os EUA enviaram navios de guerra a águas próximas às ilhas e recifes chineses do Mar do Sul de China várias vezes, o que representa uma grave ameaça para a soberania e a segurança da China, prejudicando de forma severa as relações entre os dois Exércitos e minando significativamente a paz e a estabilidade regional”, advertiu a China no comunicado.

    O porta-voz da Defesa chinesa também afirmou que o Exército chinês cumprirá com seu dever de se defender e continuará tomando as medidas necessárias para proteger sua soberania e segurança.

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    “A China tem soberania indiscutível sobre as ilhas do Mar do Sul da China e suas águas adjacentes. Atualmente, com os esforços conjuntos da China e dos países da Associação de Nações do Sudeste Asiático, a situação no Mar do Sul da China se encaminha para a direção positiva e estável”, acrescentou a nota, em alusão às disputas pela soberania desses territórios.

    Disputas

    O Mar do Sul da China, situado entre Vietnã, Filipinas, China e outros países, está sujeito a muitas reivindicações territoriais, o que não impediu Pequim de aumentar sua aposta pela zona, apoderando-se de ilhotas e atóis nos últimos anos.

    O governo chinês considera que a área é fundamental para impulsionar suas defesas para além da costa continental e, assim, assegurar as rotas de abastecimento de petróleo. Washington e outros países ocidentais insistem que as disputas devem ser resolvidas de forma legal e respeitar a liberdade de navegação.

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    Em abril, Pequim reafirmou seu direito de construir instalações de “defesa” na região em disputa, mas não confirmou as informações que asseguravam que haviam colocado mísseis em ilhas artificiais que construíram.

    Logo depois, os Estados Unidos afirmaram estar preocupados com a recente militarização da região. A Casa Branca chegou até a alertar para consequências de curto prazo e longo prazo caso o cenário não mudasse.

    (Com EFE)

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