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Pelo segundo mês consecutivo, Biden arrecada mais doações que Trump

Ampliação de vantagem nas pesquisas, pandemia e protestos antirracismo impulsionam campanha milionária de candidato democrata

Por Ricardo Ferraz Atualizado em 3 jul 2020, 11h33 - Publicado em 3 jul 2020, 11h13

Longe dos holofotes, enquanto faz campanha de dentro do porão de sua casa, o candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, tem colecionado vitórias contra o presidente Donald Trump.

Depois de ampliar sua vantagem nas pesquisas eleitorais, Biden se tornou um grande arrecadador de dinheiro para campanha. Pelo segundo mês consecutivo, ele superou o adversário neste quesito e obteve mais de 141 milhões de dólares durante o mês de junho, enquanto Trump  recebeu 131 milhões.

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É um ponto de virada importante para a candidatura do democrata, que chegou atrasado na corrida pelo dinheiro. Enquanto Biden disputava a nomeação nas prévias do partido com um orçamento modesto, o influente e bem relacionado presidente dos Estados Unidos conseguia boas doações, vindas principalmente dos milionários americanos, os chamados super pacs. 

A arrecadação de Biden cresce na esteira da crise do coronavírus e dos protestos contra a brutalidade policial contra negros norte-americanos, que abalam a candidatura de Trump. Os recursos pagam anúncios de televisão e internet, além de funcionários dos comitês eleitorais e viagens aos Estados cruciais na disputa.

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Mesmo diante da pandemia de coronavírus, que afeta a economia americana drasticamente, as arrecadações dos dois candidatos no mês de junho são novos recordes mensais neste ano e vão contribuir para fazer da eleição de novembro a mais cara da história dos Estados Unidos.

As campanhas à presidência nos Estados Unidos se mostram, a cada disputa, como eventos midiáticos sofisticados e grandiosos, capazes de mobilizar milhões de eleitores pelo país. O resultado não depende apenas de dinheiro – o próprio Donald Trump se elegeu arrecadando menos do que Hillary Clinton – mas sem um bom cofre, candidato nenhum conquista a Casa Branca.

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