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Paquistão proíbe o X, antigo Twitter, por ‘ameaça à segurança nacional’

Usuários da rede no país haviam relatado problemas de navegação desde fevereiro; Ministério do Interior acusou plataforma de ter 'intenções nefastas'

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h13 - Publicado em 17 abr 2024, 09h05
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  • O Ministério do Interior do Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 17, que bloqueou o acesso à rede social X, o antigo Twitter, por questões de segurança nacional. O anúncio confirmou as suspeitas de que uma paralisação havia sido instaurada.

    “A decisão de impor a proibição do Twitter/X no Paquistão foi tomada no interesse de defender a segurança nacional, manter a ordem pública e preservar a integridade da nossa nação”, disse o documento, acrescentando que a decisão foi tomada após o Ministério do Interior analisar relatórios confidenciais das agências de inteligência e segurança do país.

    Bloqueio confirmado

    Desde meados de fevereiro, usuários no Paquistão têm relatado problemas ao usar o X, mas o governo não havia feito nenhum anúncio oficial até agora. O ministério só mencionou a proibição quarta-feira em uma petição escrita a um tribunal.

    “É muito pertinente mencionar aqui que o fracasso do Twitter/X em aderir às diretrizes legais do governo do Paquistão e em abordar as preocupações relativas ao uso indevido de sua plataforma exigiu a imposição de uma proibição”, disse o documento, que foi obtido pela agência de notícias Reuters.

    Além disso, o documento alega que “elementos hostis que operam no Twitter/X têm intenções nefastas de criar um ambiente de caos e instabilidade, com o objetivo final de desestabilizar o país e mergulhá-lo em alguma forma de anarquia”.

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    O texto afirmou ainda que Islamabad abordou os problemas com a plataforma, que teria demonstrado relutância em resolvê-los. O X não se pronunciou sobre o caso após o Paquistão confirmar o bloqueio à rede.

    Caso brasileiro

    Desde o dia 6 de abril, o Brasil entrou no raio de ataques apelativos do bilionário dono do X, Elon Musk, que divulgou um post na sua rede acusando a Justiça de violar o Marco Civil da Internet por meio das decisões de suspensão de perfis. Em seguida, Musk subiu o tom e prometeu não cumprir as ordens judiciais vindas do ministro Alexandre de Moraes, do STF, desafiando-o a se demitir ou se sujeitar a um processo de impeachment.

    O magistrado reagiu prontamente: tornou o bilionário um dos alvos do inquérito das milícias digitais que está aos cuidados do magistrado, no Supremo. Mesmo assim, o dono do X não apenas não se intimidou como não baixou o nível dos ataques. Chamou Moraes de “ditador do Brasil” e o acusou de influenciar o resultado das eleições de 2022 em benefício de Lula. O magnata chegou a dizer que o ministro tem o presidente “na coleira” e que, por isso, o petista nada fará contra ele.

    Surgiram especulações de que o X poderia ser bloqueado no Brasil por conta do imbróglio, e caso não cumpra as ordens judiciais do STF. Mas tudo isso ainda no plano das ideias.

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