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Paquistão diz que abateu doze drones; novos ataques da Índia deixam um civil morto

Porta-voz militar acusa Nova Délhi de 'outro flagrante ato de agressão', depois do início de uma operação indiana que matou dezenas

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2025, 07h55 - Publicado em 8 Maio 2025, 07h39

O Paquistão afirmou ter abatido doze drones indianos na madrugada desta quinta-feira, 8, e que a nova onda de ataques do país vizinho deixaram um civil morto e quatro soldados feridos. A Índia lançou uma ofensiva contra a porção paquistanesa da região disputada pelas duas nações, uma escalada das tensões latentes devido ao controle da Caxemira.

O porta-voz militar do Paquistão, general Ahmed Sharif Chaudhry, disse em coletiva de imprensa que Nova Délhi “aparentemente perdeu o controle”, acusando-a de “mais um flagrante ato de agressão militar” ao lançar mais de uma dúzia de drones contra as principais cidades paquistanesas, incluindo Rawalpindi, onde o exército do país mantém seu quartel-general.

Ele disse que os sistemas de defesa aérea do Paquistão derrubaram doze drones e que um confronto com outro dispositivo aéreo indiano deixou quatro soldados paquistaneses feridos. O porta-voz acrescentou que um civil na área de Miano, em Sindh, que faz fronteira com a Índia, morreu num incidente envolvendo um drone, sem dar mais detalhes.

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Sharif afirmou que o Paquistão considera os drones uma “provocação séria” e que os destroços dos dispositivos ainda estavam sendo recolhidos pelas Forças Armadas e pela polícia.

“Esta agressão flagrante continua e as Forças Armadas estão em alto nível de alerta e neutralizando-os neste momento”, disse ele.

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Escalada de hostilidades

As tensões entre os países aumentaram significativamente depois que a depois que a Índia lançou uma ofensiva contra a porção paquistanesa da Caxemira, matando 26 pessoas e ferindo mais de quarenta na terça-feira 6. O governo indiano anunciou o início de uma operação militar contra o Paquistão para atacar “infraestruturas terroristas” tanto em solo paquistanês quando na Caxemira.

A operação batizada de Sindoor, segundo Nova Délhi, é resposta ao ataque terrorista que matou 26 pessoas, em sua maioria turistas indianos, na região disputada por ambos os países. A Índia acusa o país vizinho de apoiar o grupo responsável pela ação, autodenominado “Resistência da Caxemira”.

Islamabad afirmou que revidaria “de forma correspondente” e, na quarta-feira 7, lançou ataques com artilharia contra o distrito indiano de Poonch, deixando doze mortos e ao menos 38 feridos.

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Por causa dos ataques na região e a incerteza sobre o futuro, companhias aéreas asiáticas mudaram rotas e suspenderam voos que passavam pelo local. Segundo a agência de notícias Reuters, 52 voos para o Paquistão foram cancelados.

O momento é particularmente sensível, uma vez que ambos os países, adversários históricos, possuem armas nucleares.

Controle disputado

A Caxemira é uma região na cordilheira do Himalaia disputada tanto pela Índia quanto pelo Paquistão desde a independência de ambos os países do Reino Unido, em 1947. Atualmente, o controle da área é partilhado entre eles, além da China, que controla uma porção ao leste. Tanto Nova Délhi quanto Islamabad, porém, reivindicam todo o território.

No dia 22 de março, homens armados abriram fogo contra turistas em um resort, deixando 26 mortos, em sua maioria indianos hindus, em Pahalgam. A Índia classificou o massacre como um “ataque terrorista” e acusou o Paquistão de estar por trás da ação, que, por sua vez, negou qualquer envolvimento e retaliou com o fechamento do espaço aéreo para aviões indianos, o cancelamento de vistos e suspensão das relações comerciais com o vizinho. Nova Délhi, por sua vez, retirou-se de um acordo de compartilhamento de águas, do qual a agricultura paquistanesa é altamente dependente.

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