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Papa nomeia mulher para alta posição na Secretaria de Estado do Vaticano

Francesca Di Giovanni trabalhará na Seção para as Relações com os Estados da chancelaria do Vaticano

Por Da Redação
15 jan 2020, 14h54
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  • O papa Francisco nomeou nesta quarta-feira, 15, a italiana Francesca Di Giovanni como nova subsecretária da Seção para as Relações com os Estados, o mais alto cargo já ocupado por uma mulher na chancelaria da Santa Sé.

    Di Giovanni é leiga, formada em Direito e trabalha no órgão há quase 27 anos. Agora, na Seção para as Relações com os Estados, ela será responsável pelo âmbito multilateral, especialmente nas áreas de migrantes e refugiados, direito humanitário internacional, comunicações, direito internacional privado, estatuto da mulher, propriedade intelectual e turismo.

    “Esta é a primeira vez que uma mulher tem um papel de liderança na Secretaria de Estado. O Santo Padre tomou uma decisão inovadora, certamente, que, para além da minha pessoa, representa um sinal de atenção às mulheres”, disse a advogada.

    Di Giovanni destacou também a importância da criação de um subsecretário para o setor multilateral “porque ele tem modalidades próprias” e destacou que a responsabilidade da indicação “está ligada à tarefa, mais do que ao fato de ser uma mulher”.

    A partir de hoje, a Seção para as Relações com os Estados terá dois subsecretários, e Di Giovanni trabalhará ao lado de Miroslaw Wachowski.

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    Na última edição do suplemento mensal “Donna, Chiesa, Mondo” (“Mulher, Igreja, Mundo”, em tradução livre) do jornal vaticano “Osservatore Romano”, foi noticiado que cerca de 950 mulheres trabalham no Vaticano, mas que embora tenham o mesmo salário que os homens, poucas ocupam cargos de responsabilidade e de alto nível de gestão.

    O papa Francisco já fez alguns acenos para essa causa, como a nomeação da brasileira Cristiane Murray como vice-porta-voz em julho do ano passado. Na ocasião, Murray disse que agradecia ao Papa “em nome de todas mulheres”.

    O Santo Padre disse em algumas ocasiões que as mulheres não precisam simplesmente de mais “funções” na igreja, mas que a igreja precisa de uma “teologia da mulher”. Além disso, também afirmou ver o “monocromático masculino” de liderança e influência na instituição como “um defeito, um desequilíbrio”.

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