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Papa instrui Igreja a olhar a precariedade e exclusão dos jovens

Em encontro com 267 bispos sobre a juventude, Francisco pede o combate ao preconceito e a superação de 'erros e pecados"

Por Da Redação
Atualizado em 3 out 2018, 19h26 - Publicado em 3 out 2018, 18h00

Pressionado pelos inúmeros escândalos sexuais envolvendo sacerdotes e pela conversão de católicos a outras crenças, o papa Francisco pediu hoje aos 267 bispos reunidos no Vaticano que “olhem de frente” as situações de precariedade, exclusão e violência vivenciadas pela juventude.

“Não nos deixemos tentar pelas ‘profecias de desgraças’, não gastemos energias a ‘contabilizar falências e recordar amarguras’, mantenhamos o olhar fixo no bem que ‘muitas vezes não faz barulho'”, recomendou.

Seu apelo foi feito durante a missa de abertura do sínodo, o encontro periódico do papa com os bispos, que neste ano tem como tema os jovens. O pontífice incentivou os religiosos presentes a superarem os “próprios limites, erros e pecados” e serem capazes de “encontrar espaços para acender o coração e discernir os caminhos do Espírito”.

O papa discorreu longamente sobre a importância do diálogo da Igreja com os jovens e a superação de preconceitos e de esteriótipos. Também  pediu aos bispos que se ponham “à escuta” e que abandonem posições de “autorreferência” e posturas “elitistas”.

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Mas criticou duramente o clericalismo, a conduta política adotada por muitos séculos pela Igreja para se favorecer institucionalmente. A prática, ainda não extinta totalmente, foi considerada pelo pontífice como “uma perversão e raiz de muitos males na Igreja”.

Para o papa, é preciso “ampliar horizontes, dilatar o coração e transformar aquelas estruturas que hoje nos paralisam, nos apartam e nos afastam de nossos jovens, deixando-os à intempérie e órfãos de uma comunidade de fé que os sustente, de um horizonte de sentido e de vida”, completou.

O sínodo terminará no dia 27 de outubro com a aprovação de um documento final sobre a relação da Igreja com os jovens. Durante as reuniões preparatórias para o sínodo, os jovens participantes descreveram a Igreja como instituição afastada de seus problemas e pouco atrativa. Também repudiaram os escândalos de corrupção e de abusos sexuais.

“A esperança nos interpela, mobiliza e rompe o conformismo. Temos que nos levantar para olhar de frente para o rosto de nossos jovens e para as situações nas quais se encontram. Trabalhar para reverter as situações de precariedade, exclusão e violência às quais estão expostas nossas crianças”, disse o pontífice.

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“Eles nos pedem e cobram uma entrega criativa, uma dinâmica inteligente, entusiasta e esperançosa, e para que não os deixemos sozinhos nas mãos de tantos mercadores da morte que oprimem suas vidas e obscurecem sua visão”, acrescentou.

Este é o primeiro sínodo com participação de bispos da China, incorporados a esses encontros desde a assinatura de um acordo provisório entre o país e a Santa Sé sobre as nomeações para os líderes das dioceses. O acordo restaurou a relação diplomática entre os dois Estados..

“Damos nossas afetuosas boas-vindas: graças à presença de vocês, a comunhão de todo o Episcopado com o Sucessor de Pedro é ainda mais visível”, disse o papa a Yang Xaoting e Guo Jincai, este último, um dos sete que foram legitimados após o acordo.

(Com EFE)

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