Papa Francisco passa noite ‘tranquila’ e pode sair do hospital ‘em dias’
Agência de notícias italiana Ansa informou que enfermeiras estão otimistas; Francisco foi internado em Roma devido a uma infecção respiratória
O papa Francisco passou uma noite calma no Hospital Gemelli, em Roma, depois de ser internado na tarde de quarta-feira 29, por causa de uma infecção respiratória. O pontífice deve permanecer lá por alguns dias para tratamento, disse a agência de notícias italiana Ansa.
A Ansa informou ainda que as enfermeiras do hospital estavam otimistas de que ele sairia do hospital a tempo para o Domingo de Ramos neste fim de semana, e que exames descartaram problemas cardíacos e pneumonia.
Na quarta-feira, o Vaticano disse que papa Francisco teve uma infecção respiratória e precisaria permanecer no hospital por alguns dias, cancelando toda a sua agenda de quinta-feira e sexta-feira, 31. O pontífice de 86 anos apresentou dificuldades para respirar nos últimos dias, mas não tem Covid-19, informou em comunicado.
Inicialmente, a Santa Sé havia dito que a passagem pelo hospital estava prevista na agenda, para exames de rotina, mas depois voltou atrás.
Esta é a época mais movimentada do ano para o Papa, com muitos eventos e cerimônias agendados antes do fim de semana da Páscoa. A missa do Domingo de Ramos está marcada para este fim de semana, enquanto as celebrações da Semana Santa e da Páscoa são na próxima semana. Francisco também deve visitar a Hungria no final de abril.
Na manhã de quarta-feira, o pontífice presidiu sua audiência semanal na Praça de São Pedro. Ele parecia de bom humor, mas foi visto fazendo careta quando recebeu ajuda para entrar no papamóvel.
Nos últimos meses, o Papa tem usado uma cadeira de rodas por causa de problemas de mobilidade relacionados ao joelho. Ele também passou por uma cirurgia para tratar um problema no cólon em 2021. Em janeiro, ele disse que a condição havia retornado.
Apesar de suas doenças, Francisco manteve-se ativo e fez viagens ao exterior. Ele visitou a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul em fevereiro. No mês anterior, conduziu o funeral de seu predecessor, o papa Bento XVI – que foi o primeiro a renunciar ao cargo em séculos.
O papa Francisco já havia indicado que também pode seguir os passos de Bento XVI, caso sua saúde se deteriore.