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Papa Francisco chega ao Canadá para ‘viagem de penitência’

Pontífice pedirá desculpas em nome da Igreja Católica pelo abuso que crianças indígenas sofreram em escolas administradas por padres e freiras

Por Da Redação 24 jul 2022, 16h23

“Uma viagem de penitência.” Foi assim que o papa Francisco definiu a visita de cinco dias ao Canadá, que se iniciou neste domingo, 24, ao desembarcar em Edmonton, na província de Alberta. O pontífice visitará uma antiga escola e se reunirá com povos indígenas na segunda-feira. Ele também visitará a cidade de Quebec, e Iqaluit, capital do território de Nunavut. Na sexta-feira, embarca de volta para o Vaticano.

O primeiro dia da turnê canadense será dedicado aos povos indígenas e ao pedido de desculpas, com uma missa a ser realizada no Estádio da Comunidade de Edmonton, na terça-feira. Entre 1881 e 1996, mais de 150 000 crianças indígenas foram separadas de suas famílias e levadas para internatos. Muitas passaram fome, foram espancadas e abusadas sexualmente em um sistema que a Comissão de Verdade e Reconciliação do Canadá chamou de “genocídio cultural”. Embora os líderes do Canadá saibam do alto número de crianças morrendo nas escolas desde 1907, a questão foi colocada em primeiro plano no ano passado, com a descoberta de sepulturas suspeitas sem identificação em antigos internatos ou em terrenos próximos.

Em resposta à pressão decorrente dessas descobertas, o papa pediu desculpas pelo papel da Igreja Católica nas escolas no início deste ano durante uma visita de delegados indígenas ao Vaticano. Agora ele vem se desculpar em solo canadense. Mas sobreviventes e líderes indígenas acham que não é o suficiente. Muitos pediram compensação financeira, a devolução de artefatos indígenas, a liberação de registros escolares, apoio à extradição de um acusado de abuso e a rescisão de uma doutrina do século XV que justificava a desapropriação colonial de povos indígenas na forma de uma bula papal, ou edito.

Ainda a bordo do avião papal, Francisco disse que ansiava por visitar a Ucrânia em seus esforços para tentar pôr fim à guerra de cinco meses que ele repetidamente denunciou. “Tenho um grande desejo de ir a Kiev”, disse o papa quando perguntado sobre uma possível futura viagem à Ucrânia. Em uma entrevista à agência Reuters, no início deste mês, o pontífice disse que esperava poder ir a Moscou e Kiev logo após sua viagem ao Canadá.

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