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Pandemia impede muçulmanos de beijar e tocar Pedra Negra de Meca

Em vez de milhões, milhares; Haji será bem menor para evitar contaminações; cada fiel deverá trazer seu próprio tapete para a oração

Por Da Redação
Atualizado em 6 jul 2020, 16h51 - Publicado em 6 jul 2020, 16h49

O governo da Arábia Saudita anunciou nesta segunda-feira, 6, que os fiéis que participarem da grande peregrinação à Meca este ano não poderão beijar nem tocar a Caaba ou a Pedra Negra, um dos mais importantes locais sagrados do Islã, dentro da Grande Mesquita. A medida foi estabelecida para evitar a propagação do novo coronavírus, já que o evento ocorrerá de 28 de julho a 2 de agosto, sem que o fim da pandemia esteja no horizonte.

De acordo com a agência de notícias saudita SPA, barreiras de segurança foram colocadas ao redor da Caaba, que é uma construção em formato de cubo, em que está cravada a Pedra Negra. A relíquia é uma pedra escura que, segundo uma lenda arábica, ficou assim por causa dos pecados das pessoas, pois no princípio seria alva e branca. De acordo com a tradição muçulmana, a pedra remontaria ao tempo de Adão e Eva.

As medidas foram elaboradas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país.

Além das restrições, serão instalados pontos de controle em todas as entradas da Meca, inclusive nas paradas de ônibus e no pátio da mesquita, em que autoridades irão medir a temperatura de cada fiel. Além disso, todos dentro do templo deverão usar máscara.

No caso de suspeita de Covid-19, uma equipe médica deverá avaliar o indivíduo para autorizá-lo – ou não – a participar da peregrinação.

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Após muita controvérsia, o país também permitiu orações em grupo, adotando medidas de prevenção. Por exemplo, todas as almofadas foram retiradas do templo, para que cada fiel utilize a própria.

O governo da Arábia Saudita anunciou, em 22 de junho, que haveria limitação na peregrinação à Meca. No ano passado, foram registrados 2,5 milhões de fiéis. Neste ano, o número deve permanecer na casa dos milhares.

Segundo a agência SPA, a proporção de peregrinos deverá ser de 70% não-sauditas e 30% sauditas. Como sinal de agradecimento aos profissionais da saúde na luta contra a Covid-19, o governo decidiu que todos os peregrinos residentes na Arábia Saudita serão selecionados entre médicos, enfermeiros e seguranças que foram infectados e se recuperaram completamente da doença. Para isso, o governo utilizará o banco de dados de recuperação do Ministério da Saúde.

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Em relação aos não residentes, o Ministério indicou que priorizará aqueles que tiveram resultados negativos no exame PCR – considerado o padrão-ouro no diagnóstico da Covid-19 –, os que forem peregrinos de primeira viagem e os que tiverem de 20 a 50 anos. Os selecionados deverão cumprir um período de quarentena decidido pelo Ministério da Saúde antes e depois da peregrinação à Meca.

Nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde da Arábia Saudita disse que 4.207 novos casos de coronavírus foram confirmados no Reino, elevando o número total para 213.716 casos – incluindo 62.114 casos ativos que recebem cuidados médicos necessários. Destes, 2.254 são casos críticos.

(Com EFE)

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