Palestinos temem ofensiva total em Rafah e aguardam plano de evacuação
A cidade fronteiriça abriga mais de 1 milhão de palestinos e agências de ajuda alertam para o alto risco de morte de um grande número de civis
Os ataques aéreos israelenses em Rafah, na Faixa de Gaza, neste sábado, 10, resultaram na morte de 17 civis, conforme relatado por fontes médicas. A cidade fronteiriça abriga mais de 1 milhão de palestinos, que temem por uma ofensiva total.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, emitiu ordens para os militares desenvolverem um plano de evacuação para a população de Rafah e para destruir quatro batalhões do Hamas, supostamente estacionados na região. Este movimento visa conter a escalada da violência, mas a situação é complicada pela falta de áreas seguras na já pequena Gaza. As agências de ajuda alertam para o alto risco de morte para um grande número de civis.
Na noite de sexta-feira, novos ataques aéreos causaram mortes em Rafah. Em Khan Younis, outra cidade importante, o Ministério da Saúde palestino expressou preocupação com a segurança do Hospital Nasser, cercado por forças israelenses, colocando em risco a vida de centenas de profissionais médicos e milhares de pacientes e deslocados.
O conflito na faixa de Gaza teve início em 7 de outubro, quando militantes do Hamas atacaram cidades israelenses, resultando em mortes e na prisão de reféns. Em resposta, Israel lançou uma campanha de bombardeios maciços e uma ofensiva terrestre, causando a morte de dezenas de milhares de palestinos, a maioria civis. Como resultado desses ataques, grande parte de Gaza foi reduzida a escombros, deixando mais de 85% dos 2,3 milhões de habitantes desabrigados. Rafah, localizada no extremo sul, tornou-se um ponto de refúgio para a maioria dos deslocados, mas mesmo lá a segurança é incerta, especialmente depois que as negociações de cessar-fogo falharam.
* com Reuters