Países que fazem fronteira com Afeganistão podem receber verbas milionárias da União Europeia para abrigar temporariamente refugiados do país. A ajuda, avisam as autoridades europeias, deverá ser usada na gestão das fronteiras e no combate ao extremismo.
Os países ficarão responsáveis pela verificação dos antecedentes de quem cruzar as fronteiras. O passo seguinte, de acordo com o projeto, é liberá-las para a Europa e os Estados Unidos. O Ministro alemão das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, iniciou uma viagem à Turquia, Uzbequistão, Tajiquistão, Paquistão e Catar para tentar costurar acordos nesse sentido. “É importante que os afegãos contrários ao Talibã sejam acolhidos”, disse Maas.
Mesmo com a proposta, o Paquistão informou que não aceitará mais afegãos. “Este é um momento crucial na história do Afeganistão. A comunidade internacional deve permanecer engajada”, anunciou Shah Mahmood Qureshi, ministro das Relações Exteriores do Paquistão.
O Uzbequistão também não deu uma resposta positiva à visita de Maas. “Por razões de segurança, a fronteira uzbeque está completamente fechada e não há passagem terrestre. Não há planos para abrir o posto de controle nem no futuro próximo”, informou, secamente, o Ministério das Relações Exteriores do Uzbequistão.
Maas também tentou negociar a reabertura do aeroporto internacional de Cabul com a ajuda do Catar e da Turquia. O ministro das Relações Exteriores do Catar – fundamental na negociação com o Talibã – disse que ainda está tentando persuadir o grupo para a retomada dos voos.
Quinze equipes de resposta a crises estão sendo enviadas para países vizinhos do Afeganistão – três nas próximas 48 horas – para ajudar aqueles que buscam chegar ao Reino Unido.