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Países do Brics fecham lista de parceiros; Venezuela e Nicarágua ficam de fora

Entre os escolhidos estão Belarus, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia e Nigéria; Lula já havia dado indicações de que Caracas não seria incluída

Por Da Redação Atualizado em 24 out 2024, 22h41 - Publicado em 22 out 2024, 17h16

Os países do Brics fecharam nesta terça-feira, 22, a lista dos Estados que devem ser convidados a aderir à categoria “países parceiros” do grupo, novidade da 16ª cúpula, realizada na cidade de Kazan, na Rússia. Entre os escolhidos estão Belarus, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. Venezuela e Nicarágua, que foram cotadas para as vagas, ficaram de fora.

A montagem da lista ocorre no mesmo dia em que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chegou a Kazan de surpresa. A repórteres, ele disse que sua “maior expectativa” para o evento é que Caracas contribua “para a construção de um novo mundo não colonialista”. A cúpula terminará nesta quinta-feira, 24. Trata-se da primeira vez em que um líder da Venezuela participa do encontro do Brics.

“Viemos com os nossos sonhos e esperanças de um mundo sem colonialismo ou imperialismo, onde as superpotências emergentes possam partilhar com os países que aspiramos, do Sul Global, a independência, o desenvolvimento e a prosperidade”, afirmou Maduro.

Anteriormente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia dado indicações de que tomaria medidas para manter a nação caribenha fora da lista, após Maduro ser declarado reeleito em uma eleição manchada por acusações de fraude e repressão a opositores e manifestantes.

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+ Putin dá largada à Cúpula do Brics, onde tenta demonstrar força da Rússia

Expansão do Brics

O tema da 16ª Cúpula do Brics é “fortalecimento do multilateralismo para um desenvolvimento e segurança globais justos”. O Kremlin declarou que os líderes do grupo trocarão opiniões sobre “questões urgentes na agenda global e regional”, assim como sobre “os três principais pilares de cooperação identificados pela presidência russa: política e segurança, economia e finanças, e laços culturais e humanitários”.

Esta é a primeira cúpula do grupo desde sua expansão, em 2023, e o maior encontro internacional organizado por Putin desde a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022. Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia se juntaram a Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul no início deste ano. O grupo representa 45% da população mundial e 35% de sua economia, com base na paridade do poder de compra (PPI), sendo a China responsável por mais da metade de seu poder econômico.

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