O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse nesta terça-feira, 19, que o presidente da França, Emmanuel Macron, “virou carioca”. Paes aproveitou o último dia da cúpula dos líderes do G20, na capital fluminense, para gravar um vídeo bem-humorado com o líder francês, que nos últimos dias correu pela Zona Sul, tirou fotos no calçadão e se divertiu em Copacabana.
“Eu ‘tô’ aqui com o presidente Macron. O cara virou carioca, se apaixonou pelo Rio, foi ‘pra’ Copacabana, correu em Ipanema. Então, obrigado, presidente Macron. Muito obrigado pelos dias no Rio, as pessoas amaram vê-lo pela cidade”, disse Paes ao presidente francês, pedindo para que ele mandasse um recado para os cariocas.
Macron logo atendeu ao pedido e destacou que ele e sua esposa, Brigitte, ficaram “muito felizes de estar no Rio” e que foi uma experiência “formidável”. Ele elogiou Paes e “seu incrível projeto” para a cidade”. Aos cariocas, ele pediu desculpas por qualquer transtorno causado pela reunião do G20 — com o evento, o Rio de Janeiro adotou um esquema especial de trânsito, que incluiu restrições no Aterro do Flamengo e o fechamento da Avenida Atlântica, em Copacabana.
“Quero dizer aos cariocas que espero que não tenhamos atrapalhado a vida de vocês durante esses dias da cúpula do G20. Quero agradecer a calorosa recepção dada a mim, minha esposa e todos os líderes”, concluiu Macron.
Ao lado do marido, a primeira-dama da França mandou beijos para a câmera. Questionada por Paes se havia gostado da visita ao Cristo Redentor, Brigitte definiu a ida como “incrível” e citou que conheceu também o Pão de Açúcar e Copacabana. Ela disse que foram “encontros magníficos” e agradeceu “por esses dias encantadores”, brincando: “eu quero ficar!”.
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Jantar com Haddad
Na véspera, Macron convidou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para um pequeno jantar, na Casa Firjan, em Botafogo. Apenas 20 pessoas haviam sido chamadas para o evento, realizado após um coquetel no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Foi então que Haddad pegou uma carona no carro presidencial junto com o próprio Macron e seus assessores mais próximos.
Durante o trajeto de 15 minutos, e depois no jantar, os dois conversaram muito, segundo relatos feitos a VEJA. O brasileiro entende totalmente o francês, embora hesite em responder na mesma língua. Isso porque, na juventude, ele foi fazer um mestrado no Canadá, onde se fala inglês e francês.
Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda postou uma foto do encontro, com a legenda: “Ótima conversa com o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a integração dos blocos sul-americano e europeu”, uma referência ao acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, negociado há mais de 20 anos, que hoje luta para sair do papel em especial devido à relutância da França.