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Pablo Escobar deixa como legado manada de hipopótamos na Colômbia

Cerca de 60 paquidermes vivem em lago próximo de Hacienda Nápoles, onde o narcotraficante mantinha um zoo

Por Vinícius Novelli
Atualizado em 31 out 2019, 20h17 - Publicado em 31 out 2019, 20h12

Um dos legados do narcotraficante Pablo Escobar, morto há quase 23 anos, continua pesando no cotidiano da região de Medellín, na Colômbia. Fora de seu habitat e sem predadores naturais, uma manada de hipopótamos aterroriza a população e se multiplica sem restrições. Na África, não se brinca com esses paquidermes. Eles são responsáveis por matar cerca de 500 pessoas ao ano.

Na época em que o dinheiro de Escobar parecia não ter fim – literalmente, queimou dois milhões de dólares como se fosse palha para aquecer sua filha -, o narcotraficante resolveu investir em um zoológico particular dentro de sua mansão, Hacienda Nápoles, a leste de Medellín.

Para seu zoo particular, Escobar importou girafas, zebras, camelos, rinocerontes e  quatro hipopótamos. Após sua morte, as autoridades colombianas distribuíram a maior parte dos animais para zoológicos ao redor do país. Menos os rinocerontes e hipopótamos.

Hipopótamos nadando em lago próximo a Hacienda Nápoles, antiga mansão do narcotraficante Pablo Escobar – 18/08/2019 (Juancho Torres/Getty Images)

Pouco tempo depois,  esses animais se libertaram do zoo de Escobar e começaram a correr livremente pela Colômbia. Os rinocerontes morreram, mas os hipopótamos que se assentaram no rio Magdalena, a 18 quilômetros da Hacienda Nápoles, prosperaram como se em casa estivessem.

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Por estarem longe de seu habitat natural, os hipopótamos vivem a boa vida. Comida à vontade e, sem predadores à vista, logo se multiplicaram. Atualmente, estima-se que existam entre 50 a 60 deles.

O governo colombiano tenta encontrar uma maneira de controlar a população desses animais. Castrar é uma opção cara e perigosa porque os bichos podem se afogar caso o anestésico não surta o efeito rapidamente. Além disso, os veterinários correm o risco de serem atacados por outros hipopótamos.

A forma mais rápida e segura de eliminar o problema seria liberar a caça aos hipopótamos. Uma tentativa deu-se em 2009, quando um grupo de caçadores contratados pelo governo perseguiu e matou um dos quatro animais originais, que era chamado de Pepe.

A morte de Pepe: um dos quatro animais do zoo Pablo Escobar, morto por caçadores (Reprodução/Reprodução)

A morte do paquiderme repercutiu negativamente dentro da Colômbia. A população e entidades de proteção dos animais reagiram com pedidos ao governo para proibir as caçadas. A Justiça, então, optou por proibir a caça desses animais.

Enquanto as autoridades deliberam agora sobre a melhor maneira de lidar com eles e o risco que expressam tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente, os hipopótamos continuam a se multiplicar, felizes, com a farta disponibilidade de comida da região e sem nenhum perigo à vista — seja de outros animais ou de humanos.

A Hacienda Nápoles, por outro lado, não ficou abandonada. Em 2014 ela foi transformada em uma atração turística que mistura safári e parque aquático com ingressos que variam de 50 a 150 reais dependendo do pacote de atrações a ser escolhido. como fica a quatro horas de carro de Medellín, o local oferece cinco opções de hotéis dentro do parque.

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