Outro acordo de Trump falha: 200 mil fogem do novo avanço de rebeldes no Congo
Escalada recente no conflito entre Exército e paramilitares apoiados por Ruanda ocorre dias após plano de paz assinado em Washington
Duzentas mil pessoas deixaram suas casas em Uvira, na República Democrática do Congo (RDC), devido ao avanço de forças paramilitares rebeldes apoiadas por Ruanda contra a cidade. As Nações Unidas relataram nesta terça-feira, 9, que pelo menos 74 pessoas foram mortas devido aos crescentes confrontos entre o Exército do país e rebeldes do M23, que ocorrem dias após o presidente americano, Donald Trump, receber os líderes congolês e ruandês em Washington para alardear um suposto fim dos combates.
Segundo informações da agência de notícias Reuters, autoridades locais e moradores afirmam que o M23 avançaram contra a estratégica cidade litorânea, localizada na fronteira com o Burundi. Nesse momento, os rebeldes travam combates contra militares congoleses e grupos locais, chamados de Wazalendo, em aldeias localizadas ao norte de Uvira.
Na segunda-feira 8, o M23 teve sucesso em capturar a cidade de Luvungi, que vinha demarcando a linha de frente dos confrontos desde fevereiro. Combates intensos também se desenrolam nos vilarejos de Sange e Kiliba, ambos nos arredores de Uvira. Além dos 74 mortos, pelo menos 83 pessoas, em sua maioria civis, foram hospitalizadas devido a ferimentos.
Embora o grupo militante afirme ter capturado Sange, a Reuters não conseguiu determinar se os rebeldes de fato tomaram a cidade. Diversos moradores do local relataram ter fugido antes da chegada do M23, e um porta-voz do Exército congolês não respondeu aos pedidos de comentários da agência. Até o momento, estima-se que 1,2 milhão de pessoas tenham sido deslocadas pelos combates.
+ Trump recebe líderes do Congo e Ruanda para colecionar novo acordo de paz
Acordo frágil
Na quinta-feira 4, Trump recebeu os presidentes da RDC, Félix Tshisekedi, e de Ruanda, Paul Kagami, para a assinatura de um acordo que vislumbrava a estabilização da região. “Hoje estamos tendo sucesso onde tantos outros falharam”, declarou o republicano na ocasião, ao afirmar que seu governo encerrou um conflito de décadas que levou à morte de milhões de pessoas.
No entanto, Tshisekedi acusou Kigali de violar os compromissos assumidos em Washington durante discurso na segunda 8. Embora Ruanda negue apoiar os rebeldes do M23, tanto autoridades americanas quanto as Nações Unidas afirmam que as evidências de seu envolvimento são claras.
“Ruanda, que continua a fornecer apoio ao M23, deve impedir uma escala ainda maior”, afirmou um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos na noite de segunda. De acordo com um alto funcionário da administração Trump ouvido pela Reuters, a Casa Branca está monitorando a situação, deixando claro aos líderes africanos que o republicano espera “resultados imediatos” do acordo.
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