O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, irá participar de uma reunião da Otan, aliança militar do Ocidente liderada pelos Estados Unidos, na próxima quinta-feira (24), de acordo com a agência de notícias russa Interfax.
“A Ucrânia terá uma participação ativa, mas ainda estamos determinando qual. No mínimo, será um discurso do presidente, podendo evoluir para uma participação plena em formato de vídeo”, disse o secretário de Imprensa do governo ucraniano, Sergei Nikiforov.
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De acordo com ele, o discurso do presidente ucraniano será focado em pedir por mais ações que impeçam o ataque a áreas onde há civis e infraestrutura urbana. Desde o início do conflito, a Ucrânia tem acusado a Rússia de realizar bombardeios em regiões com a presença de civis, como um teatro e uma maternidade em Mariupol, atos negados veementemente pelo Kremlin.
Nikiforov aproveitou ainda para voltar a tocar no assunto do estabelecimento de uma zona de exclusão aérea, ação já negada pelos Estados Unidos, uma vez que pode representar um ataque direto contra a Rússia.
“Isso poderia ser feito de muitas maneiras, como, por exemplo, estabelecendo uma zona de exclusão aérea ou, então, fornecendo à Ucrânia maior capacidade de defesa”, disse ele.
A reunião contará também com a presença do líder americano Joe Biden, que viajará até Bruxelas para participar do evento de maneira presencial. De lá, é esperado que ele vá até a Polônia, país que mais recebeu refugiados vindos das zonas de conflito até o momento.
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De acordo com dados das Nações Unidas, mais de 3,5 milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia em direção a outros países e outras 6,5 milhões se deslocaram internamente desde o início do confronto. Isso significa que um em cada quatro ucranianos foram obrigados a sair de suas casas devido à guerra.