Organização brasileira é finalista em prêmio ambiental do príncipe William
Vencedores receberão £ 1 milhão (cerca de R$ 6 milhões) como incentivo
O príncipe William e sua equipe anunciaram nesta terça-feira, 19, os 15 finalistas do prêmio ambiental Earthshot, durante uma cerimônia do projeto em Nova York, nos Estados Unidos. Entre as organizações selecionadas está a brasileira Belterra Agroflorestas, uma iniciativa que busca “viabilizar a implantação de Sistemas Agroflorestais em larga escala” para promover a “regeneração da saúde do solo, restauração da paisagem natural e recuperação da biodiversidade”, como revela o site da instituição.
“É uma grande honra que o príncipe William e o prêmio Earthshot estejam reconhecendo o trabalho notável da Belterra Agroflorestas e o seu compromisso de criar mecanismos para regeneração da saúde do solo, restauração da paisagem natural e recuperação da biodiversidade no Brasil”, disse a vice-embaixadora britânica no Brasil, Melanie Hopkins. “A organização incorpora o espírito inovador e a dedicação ao nosso meio ambiente”.
A Belterra atua ao lado de pequenos e médios agricultores, oferecendo serviços como “assistência técnica e extensão rural especializada em agricultura regenerativa, facilitação de acesso a crédito e a mercados compradores”. Ao todo, a empresa já fechou mais de 45 contratos e plantou 1.805 hectares de agroflorestas, que incluem 540 mil mudas de bananas, 62 mil de cacau e 55 mil de espécies florestais, desde a fundação em 2020.
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O prêmio Earthshot se divide em cinco categorias e, portanto, cinco vencedores: Proteger e Restaurar a Natureza; Limpar o nosso Ar; Revitalizar os nossos Oceanos; Construir um Mundo sem Desperdícios e Corrigir o nosso Clima. Cada ganhador é agraciado com £ 1 milhão (cerca de R$ 6 milhões), além do auxílio de orientação, recursos e suporte técnico da Earthshot Prize Fellowship Program, um programa de um ano que atenderá cada grupo de 15 finalistas, de forma a impulsionar a continuidade das propostas inovadoras.
Além disso, os selecionados terão acesso às maiores empresas, organizações e investidores globais especializados na ação climática. A premiação, criada em 2020 pelo príncipe, procura evitar que a Terra atinja o ponto de não retorno, previsto para ser alcançado até 2030. O projeto brasileiro foi escolhido entre mais de 1.100 candidatos. Os brasileiros concorrem na categoria “Proteger e Restaurar a Natureza”, ao lado da Acción Andina, do Peru, e da Freetown The Tree Town, da Serra Leoa.
Os 15 finalistas, por sua vez, representam os seis continentes. Eles foram elencados pelo Conselho Consultivo de Especialistas, composto por 59 especialistas científicos e acadêmicos de todo o mundo, como a geógrafa Hindou Oumarou Ibrahim, a ativista climática Luisa Neubauer e a astronauta Naoko Yamazaki. A designer Stella McCartney, a atriz Cate Blanchett e a rainha Rania Al Abdullah, da Jordânia, também integram o painel. A próxima etapa, na qual os grandes vencedores serão divulgados, será realizada em Singapura, com data marcada para 7 de novembro.