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Oração sikh na Convenção Republicana gera onda de ódio de trumpistas

Advogada Harmeet Dhillon, parte da equipe jurídica de Trump, subiu ao palco e fez oração sikh nesta segunda-feira, 15

Por Paula Freitas Atualizado em 18 jul 2024, 16h32 - Publicado em 18 jul 2024, 14h27

A oração sikh realizada pela advogada Harmeet Dhillon nesta segunda-feira, 15, na Convenção Nacional do Partido Republicano, em Milwaukee, foi recebida por uma enxurrada de ódio de eleitores alinhados à extrema direita. A intolerância coloca em risco a tentativa do ex-presidente Donald Trump, que teve a candidatura oficializada no início desta semana, de expandir o eleitorado através de uma campanha supostamente mais diversa.

“Trump nunca teve tanto ímpeto ou boa vontade e o RNC decidiu usar isso para empurrar uma mensagem de diversidade e inclusão em vez de usá-la para promover qualquer coisa que se assemelhe a uma agenda conservadora”, reclamou Matt Walsh, apresentador de um programa na plataforma Daily Wire de Ben Shapiro, nesta terça-feira, 16.

Segundo o jornal britânico The Guardian, a primeira manifestação preconceituosa surgiu nas redes sociais do ativista antissemita Nick Fuentes. Sob xingamentos, ele escreveu no X, antigo Twitter, que a oração era uma “blasfêmia total” e uma “piada”. O ultranacionalista, parte do movimento Groyper, disse também que “Jesus Cristo precisa estar na frente e no centro”, acrescentando: “Jesus salvou a vida de Trump no sábado e ninguém quer dar crédito a ele nesta convenção”.

Fuentes foi acompanhado por um coro de usuários ultradireitistas. Outra conta afirmou que o “RNC (Republican National Committee) promove blasfêmia e idolatria sikh momentos após a bênção luterana”. Por sua vez, o podcaster de extrema direita e conspiracionista Stew Peters publicou, também no X, que “o primeiro dia da Convenção Nacional Republicana foi completo com cânticos satânicos e várias orações a FALSOS DEUSES”.

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Eles foram acompanhados por Lauren Witzke, ativista cristã nacionalista e ex-candidata republicana ao Senado, que postou um vídeo de trechos do discurso de Dhillon, com a legenda: “que tal você ser deportado, seu blasfemador pagão?”, concluindo: “Deus salva nosso presidente e o RNC zomba dele com essa bruxaria”. Witzke é conhecida por posicionamentos anti-LGBTQ+ e por dar voz à teoria da conspiração QAnon, que acredita que satanistas e pedófilos estejam no controle dos EUA.

+ A mensagem que o atirador publicou antes do atentado a Trump

Quem é Harmeet Dhillon?

A aparição de Dhillon não foi lida como um consenso entre o movimento Make America Great Again (MAGA). Mas, na última década, ela saiu de uma candidata na Bay Area para uma das advogadas de elite da equipe jurídica de Trump. Através do seu escritório Dhillon Law e da organização Center for American Liberty, Dhillon defendeu personalidades de extrema direita, como Andy Ngo e Rogan O’Handley.

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Ela também abriu uma série de processos contra autoridades democratas na Califórnia, incluindo o governador Gavin Newson, pela obrigatoriedade do uso de máscaras na pandemia de Covid-19. Ao mesmo tempo, tornou-se presença regular na mídia, especialmente em programas da Fox News, para construir sua imagem ao público.

Além disso, seu escritório representou Trump e seus seguidores, como Michael Flynn e Sebastian Gorka, em casos de alto nível. Inclusive, fez parte da equipe de defesa do republicano na Suprema Corte em janeiro, após os tribunais no Maine e no Colorado retirarem seu nome das cédulas presidenciais do estado no ano passado. Ao todo, estima-se que a Dhillon Law recebeu mais de US$ 10,4 milhões (cerca de R$ 57,8 milhões na cotação atual) em honorários advocatícios de comitês de campanha republicanos.

 

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