Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Operação recolhe 11 toneladas de lixo no Monte Everest

Também foram encontrados quatro corpos; ao todo, onze alpinistas morreram na temporada de escaldas de abril e maio

Por Da Redação
Atualizado em 6 jun 2019, 10h45 - Publicado em 6 jun 2019, 10h10

Uma expedição de limpeza organizada pelo Nepal no Monte Everest recolheu por volta de 11 toneladas de lixo e quatro corpos da montanha mais alta do mundo, informaram oficiais do governo nepalês na quarta-feira 5. As vítimas estão entre os onze mortos na temporada de escalada.

Parte dos resíduos e da sujeira deixados para trás pelos alpinistas durante a temporada de escalada de abril e maio foi levado para Catmandu e entregue para empresas de reciclagem.

As autoridades do Nepal afirmaram que a operação de limpeza foi um sucesso, mas reconheceram que ainda falta recolher mais lixo da montanha de 8.848 metros de altura. Parte dos detritos foi coberta pela neve e só deve ser exposta quando as temperaturas subirem e o gelo derreter.

Todos os anos, após as temporadas de escalada, milhares de quilos de lixo são deixados no Everest pelos alpinistas. As esquipes de escala abandonam excrementos humanos, garrafas de oxigênio usadas, barracas, cordas, escadas, latas e embalagens de plástico.

Em algumas ocasiões, o mal tempo impede que os montanhistas retornem aos acampamentos onde deixaram seus pertences para recolher o lixo. Em outros casos, os materiais são abandonados para diminuir o peso a ser carregado na descida.

Continua após a publicidade
Monte Everest
(Arte/VEJA)

O governo local não conseguiu estimar exatamente quanto lixo ainda está na montanha. A maior parte do que foi recolhido estava nos acampamentos 2 e 3, usada pelos alpinistas para descansar durante a subida até o cume.

A operação de limpeza foi realizada por uma equipe formada por vinte montanhistas sherpas, que fazem parte da comunidade étnica que habita as regiões mais altas do Himalaia.

Os alpinistas recolheram cinco toneladas de lixo nas áreas acima do Campo Base Sul e mais seis toneladas nas trilhas que levam até a base do Everest, segundo Dandu Raj Ghimire, diretor do Departamento de Turismo do Nepal.

“Infelizmente, um pouco de lixo coletado em sacos não pode ser trazido para baixo devido ao mau tempo”, disse Ghimire em um comunicado.

Continua após a publicidade

Mortes

Os quatro corpos encontrados foram expostos com o derretimento da neve e levados para um hospital em Catmandu para identificação.

Os alpinistas que escalam a montanha, por vezes, são incapazes de carregar os corpos de seus companheiros de equipe que morreram e acabam os deixando na montanha.

Ao todo, onze pessoas morreram na temporada de abril e maio deste ano – a quarta mais mortal da história. As mortes foram atribuídas principalmente à superlotação na etapa final da subida e à falta de experiência de muitos dos alpinistas.

Em 2019, o governo do Nepal concedeu o recorde de 381 permissões de escalada, ao preço de 11.000 dólares por pessoa. Cada titular de um passe é normalmente acompanhado por um guia, o sherpa, o que significa que mais de 750 pessoas estariam na rota do Nepal de escalada.

Além dos montanhistas que sobem pelo flanco sul, contudo, ao menos 140 receberam permissões para escalar o Everest a partir do flanco norte, no Tibete. O total, portanto, foi de 1.042 pessoas somente nesta temporada.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.