Um comandante do Kataib Hezbollah, um grupo armado apoiado pelo Irã no Iraque e que o Pentágono responsabilizou por ataques a suas tropas, morreu em um ataque de forças americanas em Bagdá nesta quarta-feira, de acordo com o Exército dos EUA.
“As forças (dos EUA) conduziram um ataque unilateral no Iraque em resposta aos ataques contra militares dos EUA, matando um comandante do Kataib Hezbollah responsável por planejar e participar diretamente em ataques às forças dos EUA na região”, disse um comunicado dos militares.
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O comandante do grupo armado não teve seu nome divulgado. Duas fontes da segurança, falando sob anonimato, disseram à agência Reuters que ele seria Abu Baqir al-Saadi, que morreu em uma ataque de drone contra um veículo.
Na semana passada, ataques a alvos ligados ao Irã no Iraque e na Síria realizados pelos Estados Unidos causaram ao menos 39 mortes. Em comunicado, a presidência do Iraque afirmou que a ofensiva “resultou na morte de muitos cidadãos iraquianos” e citou feridos, mas não informou o número de civis que estão entre as vítimas.
Os bombardeios a centros de comando e de inteligência, além de instalações de abastecimento e logística pertencentes à Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), à brigada Al-Quds e a milícias associadas ao Irã, totalizando 85 alvos, foram uma retaliação pela morte de três soldados americanos na Jordânia em um ataque com drone em 28 de janeiro.
O Kataib Hezbollah assumiu autoria do ataque que matou os três americanos e, logo depois, anunciou que iria suspender todas as operações contra militares dos Estados Unidos no Oriente Médio. Acredita-se que mais milícias apoiadas por Teerã em países vizinhos, como o Iraque, sigam este exemplo.
No mesmo comunicado, o Kataib Hezbollah insistiu que conduziu todas as suas ações de forma independente do Irã. No entanto, a suspensão das operações foi quase certamente coordenada com Teerã, para dissipar, ao menos temporariamente, as tensões com os Estados Unidos.