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ONU denuncia que escassez de comida, água e remédios persiste mesmo com trégua em Gaza

Entidades como OMS e PMA apontam que, apesar do cessar-fogo permitir a entrada de ajuda, bloqueios e restrições atrasam a entrega dos suprimentos

Por Flávio Monteiro
17 out 2025, 12h53

Embora o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas tenha alimentado a esperança de que a Faixa de Gaza fosse “inundada” de ajuda humanitária, o enclave palestino ainda sofre com falta de mantimentos essenciais para atender à população local, denunciam órgãos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), ligados às Nações Unidas. A dificuldade no abastecimento acontece enquanto Tel Aviv atrasa a entrada de comboios na região.

Há relatos de caminhões com suprimentos parados na passagem de Kissufim, na fronteira com Israel, desde as primeiras horas desta sexta-feira, 17. O local é um dos poucos pontos de entrada liberados pelas forças israelenses para que haja entrada e saída de suprimentos. De acordo com o jornal britânico The Guardian, os motoristas têm que esperar horas no calor até poderem adentrar o enclave, enquanto a população de Gaza vive situação de fome generalizada, segundo o monitor IPC.

+ Israel planeja reabrir passagem de Rafah, mas troca de acusações com Hamas fragiliza trégua

Anteriormente, se esperava que 600 caminhões entrariam em Gaza diariamente. No entanto, as restrições rigorosas de Israel a respeito do que pode ou não ser transportado têm forçado muitos comboios a dar meia volta. Nesse momento, se estima que menos de 300 veículos chegaram lá diariamente, número que passa longe de atender às necessidades locais.

Os termos estabelecidos pela primeira fase do acordo idealizado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, previam a liberação da entrada de ajuda humanitária em Gaza. Diferentes organizações humanitárias se organizaram para levar mantimentos, que estão acumulados às milhares de toneladas em depósitos de países próximos, como Jordânia e Egito.

Para entregar os suprimentos, as Nações Unidas pedem que Israel abra todos os pontos de passagem do território. De acordo com o PMA, mais de 560 toneladas de alimentos foram entregues por dia por meio de cinco pontos de distribuição, muito abaixo do necessário

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“Vai levar algum tempo para reduzir a fome”, declarou o porta-voz do PMA, Abeer Etefa, afirmando que o acesso à Cidade de Gaza e ao norte do enclave, especificamente, tem sido “extremamente desafiador” devido à má condição das estradas, muitas danificadas por bombardeios ou completamente bloqueadas pelos escombros, o que impede a distribuição de quantidades significativas de mantimentos.

O PMA pediu a abertura das passagens de Zikim e Erez, no norte do território, o que poderia ajudar a aliviar a pressão na região. “Foram 57 caminhões ontem (entrando no sul e centro de Gaza). Consideramos isso um avanço, mas ainda precisamos chegar ao nível de cerca de 80 a 100 caminhões por dia”, declarou Etefa.

Enquanto isso, a OMS afirmou que as doenças infecciosas na região estão “fora de controle”. Somente treze dos 36 hospitais presentes em Gaza estão operantes, todos de maneira parcial. “Meningite, diarreia, doenças respiratórias. Estamos falando de uma quantidade gigantesca de trabalho”, disse a diretora regional do órgão, Hanna Balkhy, em entrevista à agência de notícias AFP, destacando a importância, além de comida, da distribuição de medicamentos.
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