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Oito explosões deixam 207 mortos no Sri Lanka na Páscoa

Ataques atingem igrejas, condomínios e hoteis e feriram 469 pessoas; nenhum grupo reivindica o atentado, mas há suspeitas de motivação religiosa

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h49 - Publicado em 21 abr 2019, 08h42

Uma série de explosões simultâneas em igrejas, hoteis e condomínios no Sri Lanka neste Domingo de Páscoa, 21, deixaram 207 mortos e 469 feridos atéo momento. Há pouco, uma oitava explosão ocorreu em um complexo residencial de  Colombo. Entre as vítimas fatais, nove são estrangeiras. O governo decretou estado de emergência em todo o país e a polícia impôs toque de recolher.

Por enquanto, nenhum grupo reivindicou a autoria dos ataques coordenados. Mas há suspeitas de que a motivação seja religiosa. Os ataques contra minorias religiosas na ilha foram frequentes no passado, os últimos de relevância em 2018, quando o governo teve de declarar estado de emergência depois de enfrentamentos entre muçulmanos e cingaleses budistas com dois mortos e dezenas de detidos.

No Sri Lanka a população cristã representa 7,4%, enquanto os budistas são 70,2%, os hinduístas são 12,6% e os muçulmanos, 9,7%, segundo dados do censo de 2011.

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No entanto, atentados desta magnitude não aconteciam no Sri Lanka desde a guerra civil entre a guerrilha tâmil e o Governo, um conflito que durou 26 anos e terminou em 2009, e que deixou segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mais de 40 mil civis mortos.

As explosões atingiram quatro hotéis, um complexo residencial  e três igrejas. As seis primeiras  ocorreram de forma coordenada por volta das 8h45 local (23h30 de sábado, em Brasília) em pelo menos três hotéis de luxo de Colombo e também em uma igreja da capital, outra em Katana e a terceira em Batticaloa, explicou Ruwan Gunasekara, porta-voz da polícia do Sri Lanka.

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A sétima detonação ocorreu horas mais tarde em um pequeno hotel situado ao lado do zoológico de Dehiwala, e a oitava – última, até o momento – aconteceu em um complexo residencial na região de Dermatagoda, também na capital.

Imagens divulgadas pela imprensa local e nas redes sociais mostram a magnitude da explosão em pelo menos uma das igrejas, com o teto do templo semidestruído, escombros, pessoas caídas o chão.

Segundo a imprensa, as redes sociais WhatsApp, Viber e Facebook foram bloqueados temporariamente como forma de prevenção à divulgação de notícias falsas. Outras fontes indicam que as redes móveis e internet estão saturadas e quase não funcionam.

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“Por favor, mantenham a calma e não sejam enganados por rumores”, afirmou o presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, em mensagem à nação.

O primeiro-ministro do país, Ranil Wickremesinghe, liderou uma reunião de emergência com altos comandantes das forças de segurança e outros membros do Governo, entre eles o ministro para as Reformas Econômicas e a Distribuição Pública, Harsha de Silva, que deu detalhes do encontro na rede social Twitter.

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Silva pediu “calma” e “atuação com responsabilidade”, ao mesmo tempo que se mostrou comovido pelo que tinha visto após visitar vários lugares atacados. “Cenas horríveis. Vi membros amputados por todos os lados. Equipes de emergência estão desdobradas em todos os pontos. (…) Levamos muitas vítimas ao hospital, esperamos ter salvo muitas vidas”, relatou o ministro.

O Ministério da Educação anunciou o fechamento de todos os colégios do país nos próximos dois dias.

Em homilia na missa de Páscoa, na Basílica de São Pedro, o papa Francisco condenou a tragédia no Sri Lanka, que classificou como “violência cruel”, e disse estar ao lado dos cristãos atingidos.

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A comunidade internacional reagiu com comoção diante da tragédia. Líderes e líderes e autoridades de países vizinhos – Índia, Paquistão e Indonésia – e também da União Europeia (UE), da Alemanha, da Bélgica, da Holanda, da Espanha, da Áustria e da Turquia, assim como as Igrejas Cristãs na Terra Santa, lamentaram a tragédia.

 

(Com EFE)

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