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Odebrecht: Decretada prisão preventiva de Keiko Fujimori e assessores

Empresa admitiu ter pago propinas a autoridades peruanas na ordem de pelo menos 29 milhões de dólares desde 2004

Por AFP 24 nov 2018, 20h24
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  • A Justiça peruana pôs fim neste sábado (24) a um mês de audiências contra a cúpula do partido Força Popular (oposição), que acabou com sua líder, Keiko Fujimori, e seis coacusados em prisão preventiva por receber aportes ilegais da empreiteira brasileira Odebrecht.

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    A ordem judicial de captura internacional e prisão contra o ex-secretário-geral do partido, Jaime Yoshiyama, e o impedimento de saída do país do assessor Augusto Bedoya, encerraram um mês de audiências e resoluções judiciais contra 11 investigados da formação.

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    “A prisão preventiva se torna indispensável para conjurar o risco no processo, conforme evidenciado na conduta de Yoshiyama de eludir a Justiça”, declarou o juiz Concepción Carhuancho, ressaltando a presença do investigado nos Estados Unidos.

    Yoshiyama atuou como secretário-geral do partido fujimorista na campanha presidencial de Keiko Fujimori em 2011, na qual disputou a vice-presidência do Peru.

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    Além de Yoshiyama, que se recupera em Miami (Flórida, EUA), de uma cirurgia oftalmológica, segundo seu advogado, o juiz Richard Concepción Carhuancho determinou o impedimento de saída do país por 36 meses de Augusto Bedoya. O empresário integrou o comando de campanha e foi do círculo de confiança de Keiko nas eleições presidenciais.

    A Odebrecht, segundo declaração de seu diretor no Peru, Jorge Barata, financiou com 1,2 milhão de dólares a campanha de Keiko, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000).

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    O promotor de lavagem de dinheiro, José Domingo Pérez, sustenta que Yoshiyama e Bedoya receberam cada um meio milhão de dólares para a campanha. Os demais 200.000 dólares, a Odebrecht destinou a um fundo comum de empresários que apoiavam Keiko.

    O Peru é um dos países da América Latina mais afetados pelo escândalo de corrupção da Odebrecht. A empresa admitiu ter pago propinas a autoridades peruanas na ordem de pelo menos 29 milhões de dólares a partir de 2004.

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    Também são investigados pela Justiça peruana no caso Odebrecht os ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), Ollanta Humala (2011-2016) e Pedro Pablo Kczynski (2016-2018).

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    A pedido do promotor Pérez, outro tribunal proibiu há uma semana que o ex-presidente Alan García (1985-1990 e 2006-2011) deixe o país durante 18 meses, ao ampliar as investigações do caso Odebrecht, após o que o ex-presidente entrou na embaixada do Uruguai em Lima e pediu asilo político.

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    Keiko presa

    Além de Keiko Fujimori, estão presos seus assessores, Vicente Silva Checa, Pier Figari, Ana Herz e Luis Mejía Lecca.

    Sobre dois acusados, Jaime Yoshiyama e Giancarlo Bertini, decidiu-se ainda por ordem de captura internacional.

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    Os outros quatro acusados ficaram em liberdade provisória e com proibição de deixar o país. Um deles, um sobrinho de Jaime Yoshiyama, chegou a um acordo de colaboração com a promotoria, em troca de uma redução de acusações contra ele.

    As audiências começaram em 24 de outubro, quando o promotor anticorrupção José Domingo Pérez sustentou o pedido de prisão preventiva para todos os investigados.

    A promotoria acusa 11 membros da cúpula do partido fujimorista Força 2011 (agora Força Popular), de formar “uma organização criminosa” dentro da formação para captar recursos ilícitos destinados a financiar a campanha presidencial de Keiko.

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    Keiko Fujimori, de 43 anos e mais velha dos quatro filhos do ex-presidente Alberto Fujimori, está detida desde 31 de outubro. Seus advogados apelaram da decisão judicial e ela nega ter recebido recursos da Odebrecht.

    Se ficar presa 36 meses, estará fora das eleições presidenciais de 2021, às quais aspira a disputar em sua terceira tentativa de chegar à Presidência peruana desde 2011.

    Paralelamente, Keiko deve enfrentar uma complexa crise interna em seu partido monolítico, que pode levar a um racha.

    Keiko liderava o partido de forma autocrática, enquanto sua bancada, com ampla maioria no Congresso desde 2016, atacava sem piedade seus adversários.

    Evidências de liderar por dois anos uma oposição obstrucionista e acusações de corrupção derrubaram sua popularidade e Keiko adotou um surpreendente tom conciliador, propondo “paz e reencontro” dias antes de ser presa preventivamente.

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