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‘Nunca esteve tão fraco’, diz líder da oposição sobre regime chavista

Manifestação contra Maduro reuniu milhares neste sábado, 3

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 ago 2024, 16h33 - Publicado em 3 ago 2024, 16h31

Em um ato contra a vitória de Nicolás Maduro, neste sábado, 3, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, disse que o regime chavista “nunca esteve tão fraco” e que a Venezuela estará livre de Nicolás Maduro em breve. Ela estava escondida após ameaça de prisão pelo regime chavista. O candidato apoiado por ela, Edmundo Gozález Urrutia, não participou da manifestação.

Ela falou para milhares de venezuelanos, que contestam o resultado das eleições. “Eles são capazes de qualquer coisa, mas nunca imaginaram a nossa reação, a nossa coragem”, disse. “Sabíamos que isso ia acontecer, que nossa vitória seria complexa. Precisamos continuar lutando no dia a dia. Nunca estivemos tão fortes como hoje e o regime nunca esteve tão fraco.”

A eleições na Venezuela aconteceram no último dia 28 de julho, dia do aniversário de Hugo Chávez. Sem divulgar a atas, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo governo, deu a vitória para Maduro, sub protesto da oposição e da comunidade internacional.

O regime tem agido com brutalidade contra dos protestos. Além de expulsar o corpo diplomático dos países que contestaram o resultado das eleições (Argentina, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai), o governo disse ter prendido mais de 1.200 manifestantes e causou a morte de pelo menos 19 pessoas.

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Em decorrência da falta de transparência e da brutalidade, a tensão internacional tem aumentado. Além dos Estados Unidos e do Peru, outros cinco países — Argentina, Uruguai, Equador, Costa Rica, Panamá e Guatemala — reconheceram a vitória de González. O Brasil segue sem reconhecer o resultado das eleições e, ao lado de México e Colômbia, pede a divulgação das eleitorais.

Apesar disso, o CNE voltou a declarar Maduro vitorioso e o atual presidente disse que Corina e Urrutia promovem atos de violência, estão tentando dar um golpe com o apoio do governo estadunidense e, portanto, deveriam estar atrás das grades. Em um artigo publicado no jornal americano Wall Street Journal, Corina disse que está escondida e teme pela sua vida.

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