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Número de mortos por enchentes na Ásia passa de 1.000 após ciclones e tempestades

Indonésia, Tailândia, Malásia e Sri Lanka lutam para conter danos e resgatar cidadãos em meio a inundações e deslizamentos de terra

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 dez 2025, 09h15 - Publicado em 1 dez 2025, 08h36

O número de mortos em enchentes e deslizamentos de terra provocados por chuvas históricas no Sudeste Asiático ultrapassou os 1.000 nesta segunda-feira, 1º, informaram autoridades locais. Milhões de pessoas foram afetadas por inundações intensas após ciclones e tempestades na Indonésia, Tailândia, Malásia e Sri Lanka, onde centenas continuam desaparecidos em meio a operações de busca e resgate extremamente difíceis.

De acordo com dados oficiais de cada país, as chuvas provocaram 502 mortes na Indonésia, 355 no Sri Lanka, 176 na Tailândia e duas na Malásia – elevando o total para 1.035.

O Sri Lanka foi atingido por uma tempestade separada mais recentemente, que deixou algumas áreas do pequeno país completamente submersas. O presidente Anura Kumara Dissanayake afirmou que as condições desafiadoras significam que a operação de emergência em andamento é a mais difícil da história nacional.

“Esta é a primeira vez que todo o país é atingido por um desastre desta magnitude”, disse ele em um pronunciamento à nação, sugerindo que a extensão da devastação superou aquela causada pelo tsunami de 2004.

Indonésia

O ciclone Senyar atingiu com força a região de Sumatra, conhecida por suas exuberantes florestas tropicais, vulcões ativos e ampla biodiversidade, provocando deslizamentos de terra e inundações catastróficas. Equipes de resgate relataram dificuldades para chegar às áreas mais vulneráveis desde terça-feira, quando as chuvas de monção causaram o transbordamento de rios, e vídeos que circulam nas redes mostram helicópteros entregando suprimentos.

O presidente indonésio, Prabowo Subianto, visitou pessoas resgatadas no norte da ilha nesta segunda-feira, e falou de problemas como abastecimento de combustível e estradas bloqueadas, de acordo com a Antara, agência de notícias estatal.

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Pelo menos 502 pessoas morreram, segundo dados do governo divulgados no domingo, e mais de 500 ainda estão desaparecidas. Militares e policiais foram mobilizados para ajudar as vítimas, informou a mídia local.

“Durante a enchente, tudo se foi”, disse à Reuters uma moradora de Bireuen, na província de Aceh, no extremo norte de Sumatra.

O porta-voz da polícia, Ferry Walintukan, afirmou à agência de notícias The Associated Press que lojas começaram a ser saqueadas antes da chegada de suprimentos no local. “(Os moradores) não sabiam que a ajuda chegaria e estavam com medo de morrer de fome”, explicou.

Tailândia

Quase 2,8 milhões de pessoas foram afetadas por enchentes no sul da Tailândia, que contabilizou 176 mortos. Autoridades locais estão transportando pacientes até hospitais por via aérea e enviando suprimentos essenciais, incluindo cilindros de oxigênio, para as comunidades que ficaram debaixo d’água, informou a Reuters.

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Hat Yai foi a área mais atingida. A cidade registrou as chuvas mais fortes em 300 anos, que elevaram o nível da água em mais de 2,4 metros na última terça-feira. Uma maternidade com 30 recém-nascidos ficou completamente ilhada. A cidade faz parte da região de Songkhla, onde o governo declarou estado de emergência devido às enchentes.

Dez turistas, da Austrália, Reino Unido, China, Malásia, Singapura e África do Sul, foram resgatados na província de Songkhla na última sext, informou o Ministério do Turismo à emissora americana CNN.

“A situação melhorou significativamente. Os níveis da água recuaram quase completamente, restando apenas algumas áreas alagadas”, disse um porta-voz.

Sri Lanka

Mais de 1,1 milhão de pessoas foram afetadas pelo ciclone Ditwah, que provocou deslizamentos de terra e inundações na sexta-feira 28. Pelo menos 355 pessoas morreram e outras 366 continuam desaparecidas, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Desastres do Sri Lanka.

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Mais de 25 mil casas foram destruídas e 147 mil pessoas foram obrigadas a se dirigir para abrigos temporários administrados pelo governo, informou a Associated Press. Algumas famílias estão ilhadas há quatro dias, sem energia elétrica ou sinal de celular para pedir ajuda, disse à CNN o diretor da organização beneficente Fundação Voz para os Sem Voz, Moses Akash De Silva.

Mais de 78 mil pessoas foram transferidas para centros de acolhimento, a maioria instalada em escolas, depois que suas casas foram inundadas. Alguns também foram alojados em mesquitas, como a Dalugala Thakiya, onde voluntários se mobilizaram para preparar refeições (arroz com frango e curry de lentilhas) para as vítimas.

Malásia

Duas mortes foram confirmadas na Malásia após a tempestade tropical Senyar atingir o litoral do país pouco depois da meia-noite da última sexta. Cerca de 34 mil pessoas foram retiradas de regiões vulneráveis antes da tempestade. Os que não conseguiram escapar ficaram ilhados, em especial no estado de Perlis, ao longo do final de semana.

Centenas de famílias foram levadas para um centro de evacuação na capital do estado, Kangar, onde se abrigaram em tendas fornecidas pela agência nacional de gestão de desastres.

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Mudanças climáticas

O Sudeste Asiático é considerado por cientistas uma das áreas mais vulneráveis ​​às mudanças climáticas. Neste verão, as temperaturas atingirem níveis sem precedentes por lá, com calor e umidade implacáveis. Especialistas afirmam que o aquecimento do planeta faz com que fenômenos extremos como ciclones, furacões, ondas de calor, incêndios florestais e secas fiquem mais frequentes e intensos.

Meteorologistas afirmaram à Reuters que as condições extremas que a região viveu nos últimos dias podem ser resultado da interação de dois sistemas ativos: o tufão Koto, nas Filipinas, e a formação incomum do ciclone Senyar, no Estreito de Malaca.

Em outras partes do Sudeste Asiático, neste mês, enchentes mortais devastaram o Vietnã, enquanto as Filipinas sofreram com dois tufões mortais – Kalmaegi e Fung-wong – na mesma semana, que mataram centenas de pessoas e forçaram mais de 1,4 milhão a deixarem suas casas.

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