Um estudo feito por cinco agências especializadas das Nações Unidas, divulgado nesta quarta-feira, 24, revelou que o número de brasileiros que passaram fome no Brasil entre 2021 e 2023 caiu para 8,4 milhões, 16,8% menor que no triênio anterior, de 2020 a 2022, quando eles eram 10,1 milhões. Naquele momento, o país, como o resto do mundo, ainda estava sob os intensos efeitos da pandemia de covid-19 e a condição atingia 4,7% dos habitantes.
A melhora no caso brasileiro, porém, não foi o suficiente para tirar o Brasil do Mapa da Fome das Nações Unidas, segundo os dados do relatório “Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo” (SOFI, na sigla em inglês). Ao menos 3,9% da população ainda está subnutrida, e o órgão internacional coloca no mapa todos os países que possuem uma taxa maior que 2,5%.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, anunciou nesta quarta-feira, no evento de lançamento do relatório, que o país deve sair desse grupo de países até 2026. O Brasil voltou ao Mapa da Fome durante a pandemia, do qual estava fora, pelo menos, desde o triênio de 2014 a 2016.
“No caminho que estamos é possível sair do mapa da fome até o fim do governo, em 2026”, declarou.
O estudo também mostra que no triênio encerrado no ano passado, 39,7 milhões de brasileiros, ou 18,4% da população, enfrentavam insegurança alimentar moderada ou severa. Em comparação com o triênio 2020-2021, quase 31 milhões de brasileiros deixaram essa condição, na passagem do triênio de 2020 a 2022 para o triênio de 2021 a 2023.
Além disso, segundo o relatório das Nações Unidas, 733 milhões passavam fome no mundo inteiro no ano passado.