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Novos terremotos são esperados na Califórnia nos próximos dias

Abalos secundários são resultado de tremor de 6,4 graus na escala Richter na quinta-feira, 4; fenômeno não causou danos nas maiores cidades do estado

Por Da Redação
5 jul 2019, 11h49

Novos tremores são esperados na Califórnia já nos próximos dias, depois do terremoto de 6,4 graus na escala Richer que atingiu o estado americano na tarde de quinta-feira, 4.

Em entrevista ao Los Angeles Times, sismólogos da região explicaram que o fenômeno causou danos ao solo nos locais próximos ao epicentro, no deserto californiano, mas sem ter se aproximado o suficiente para causar grandes danos à região de Los Angeles, onde se concentra a população.

Ainda segundo a sismóloga Lucy Jones, o tremor principal foi distante da falha geológica de San Andreas, que atravessa a Califórnia de norte a sul ao longo de 1,3 mil quilômetros. Uma das mais estudadas no mundo, ela foi a causa de um terremoto de magnitude 7,8 que destruiu grande parte de São Francisco em 1906, matando mais de 3 mil pessoas.

O que mais preocupa os cientistas é a seção sul da falha, que não causa um terremoto há cerca de 300 anos, embora os registros geológicos indiquem que ela provocaria um grande terremoto a cada 150 anos, capaz de deixar um rastro de destruição nos grandes centros californianos.

Jones, no entanto, garantiu que “qualquer impacto (do terremoto) ao sistema de San Andreas foi mínimo”, deixando claro que, apesar disso, tremores ainda mais fortes podem acontecer nos próximos dias.

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“Isso não faz com que o The Big One (o grande terremoto esperado na falha de San Andreas) seja menos possível. Existe uma chance em 20 de que esta localidade enfrente um tremor ainda maior nos próximos dias. É possível que nós ainda não tenhamos enfrentado o terremoto mais forte dessa sequência”, acrescentou a cientista.

Tremores secundários

A car passes over a fissure that opened on a highway during a powerful earthquake that struck Southern California, near the city of Ridgecrest
Um carro passa por uma fissura aberta pelo terremoto de 6,2 graus na cidade californiana de Ridgecrest, a mais próxima ao epicentro (David McNew/REUTERS) (David McNew/Reuters)

Os especialistas já detectaram dezenas de tremores secundários resultantes do abalo sísmico de ontem e Jones alertou que eles devem manter seu ritmo nos próximos dias.

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“Alguns destes tremores secundários devem exceder a magnitude 5, o que significa que eles provavelmente serão danosos”, disse. “A última vez que tivemos um destes terremotos com magnitude acima de 6 no sul da Califórnia foi em 1999”, relembrou, se referindo ao tremor de Hector Mine, com 7,1 graus na escala Richter.

Robert Graves, um sismólogo do Serviço Geológico dos Estados Unidos, informou ao Los Angeles Times que o USGS já enviou geólogos para mapear possíveis danos à superfície.

“Algumas vezes, terremotos de magnitude 6,4 rompem o solo até a superfície e, outras vezes, não. Se ele tiver rompido até a superfície, então podemos ver um rasgo horizontal de uma ponta até a outra do chão. Mas também devem existir danos verticais no subsolo”

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Próximo ao epicentro do abalo, o tremor chegou ao nível 7. A cidade de Ridgecrest, com uma população de 29.000 pessoas, foi a mais afetada, com danos consideráveis à estrutura de algumas construções.

A instabilidade de ontem aconteceu em uma área de falha na cordilheira de Serra Nevada, no leste da Califórnia. O lago Little Lake fica nessa região, e já havia enfrentado um terremoto de magnitude 6 em 1984, de acordo com os sismólogos.

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