Pelo menos 30 cidadãos palestinos foram mortos durante a madrugada deste sábado, 12, durante novo ataque de Israel a Jabalia, no norte da Faixa de Gaza. O total de mortes na região, que abriga um dos maiores campos de refugiados da guerra, ultrapassa 200 após oito dias de ofensiva israelense.
A agência de Defesa Civil de Gaza informou a repórteres da AFP que doze pessoas morreram na manhã de hoje, pelo horário local, incluindo mulheres e crianças, e outras 14 estavam desaparecidas sob os escombros. Mais cedo, as forças israelenses dispararam mísseis contra oito escolas em Jabalia que servem como abrigo para deslocados pelo conflito, causando outras 18 mortes. Pelo menos 110 palestinos ficaram feridos durante as investidas nas últimas 24 horas.
Ao longo da semana, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) intensificaram as operações ao norte da cidade de Gaza, capital da região, sob a justificativa de mirar alvos ligados à organização político-militar palestina Hamas. Autoridades relataram à Al-Jazeera que o Exército israelense está enviando tanques ao norte e construindo barreiras de areia para isolar a área do restante do enclave, e que os militares estão bloqueando a entrada de ajuda humanitária ao território onde vivem mais de 400 mil deslocados pela guerra, segundo estimativa da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês).
Ataques continuam no Líbano
Além das vítimas na Palestina, pelo menos outras treze pessoas foram mortas e 33 ficaram feridas no Líbano após ataques de Israel às cidades de Maaysra e Barja, na província de Monte Líbano. As estimativas foram divulgadas pelo Ministério da Saúde libanês neste sábado.
Ainda de acordo com as autoridades libanesas, mais de 1.600 pessoas foram mortas no país desde o final de setembro, quando a ofensiva de Israel contra alvos do grupo xiita Hezbollah escalaram na região. Desde outubro do ano passado, quando foi desencadeado o atual conflito em andamento na Faixa de Gaza, ataques israelenses mataram 2.255 no Líbano, incluindo ao menos 127 crianças e 261 mulheres, e mais de 10 mil cidadãos libaneses foram feridos em ações militares.