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Novo mural gigante celebra o ‘guerreiro’ Maradona em Buenos Aires

Com cerca de 45 metros de altura e 1.600 metros quadrados, este será o maior mural em homenagem ao jogador do mundo

Por Matheus Deccache Atualizado em 25 out 2022, 20h35 - Publicado em 25 out 2022, 18h38

O artista argentino Ron Martín produziu um enorme mural em Buenos Aires, na Argentina, em homenagem à lenda do futebol no país, Diego Maradona, morto em novembro de 2020. Se estivesse vivo, o líder da conquista da Copa do Mundo de 1986 faria 62 anos no próximo domingo, 30.

Martín preencheu todo o muro de 1.600 metros quadrados no coração da capital argentina com a imagem do jogador incentivando sua equipe durante a final do principal torneio de seleções do mundo de 1990, no qual a Alemanha sagrou-se campeã. 

“Já sabemos que ele foi o melhor jogador do mundo, mas quem ele era como pessoa? Ele era um guerreiro, ele lutou contra todas as adversidades e, até mesmo quando machucado, enfrentou o que aparecia em sua frente”, disse o artista por trás do mural à agência de notícias Reuters.

+ Presidente da Argentina declara três dias de luto pela morte de Maradona

O mural, que já está quase concluído, levará 25 dias para ser terminado pelo artista e sua equipe. Ao todo, fora usados 800 litros de tinta e, segundo Martín, este será o maior mural de Maradona de todos os tempo, com cerca de 45 metros de altura, o que é próximo do tamanho da Estátua da Liberdade.

O muro já atrai a atenção de quem passa no local, com carros buzinando e pessoas parando para tirar fotos. Além da imagem do jogador, foram acrescentadas três estrelas na imagem para representar as duas vitórias da Argentina na Copa do Mundo de 1978 e 1986 e uma provável conquista no Catar neste ano. 

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Maradona morreu de parada cardíaca na casa em que se recuperava de uma cirurgia na cabeça, em Nordelta, na província de Tigre, aos 60 anos no dia 25 de novembro de 2020, e foi reverenciada por milhões de pessoas ao redor do mundo. Os argentinos o apelidaram de “D10S”, uma brincadeira com o número da camisa e a palavra espanhola para “Deus”, também presente na “mão de Deus”, um de seus gols mais icônicos. 

Na época da morte do jogador, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, um fã declarado, decretou três dias de luto oficial no país. Pouco antes, ele já havia publicado em suas redes sociais uma foto abraçado ao craque, junto a uma pequena frase.

“Você nos levou ao ponto mais alto do mundo. Nos fez imensamente felizes. Foi o maior de todos. Obrigado por ter existido, Diego”, escreveu o presidente. “Iremos sentir sua falta por toda a vida”.

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+ O polêmico leilão da camisa de Maradona usada na Copa de 1986

Duas semanas após a posse de Fernández, em dezembro de 2019, Maradona visitou a Casa Rosada para se encontrar com o mandatário, para delírio de funcionários, que pararam suas atividades para recebê-lo e tirar fotos. 

Na ocasião, o histórico camisa 10 de clubes como Boca Juniors, Napoli e Barcelona se reuniu com o presidente e com o ministro do Turismo e dos Esportes, Matías Lammens, para apresentar um plano de revitalização de campos de futebol em áreas mais pobres do país.

Apesar do clima mais sério, Fernández aproveitou a oportunidade para pedir ao ídolo que assinasse uma camisa do Argentina Juniors, clube para o qual torce e onde Maradona iniciou sua carreira. “Para Alberto, com meu coração do povo”, escreveu na camisa entregue ao presidente. Os dois também tiraram mais fotos abraçados e sorrindo.

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Depois do encontro, Maradona foi à sacada da sede da Presidência para saudar centenas de transeuntes e turistas que o esperavam. A sacada foi a mesma onde subiu em 1979, quando ganhou o mundial juvenil. A história se repetiu sete anos depois, quando a seleção argentina foi campeã da Copa do Mundo de 1986, no México. Em 1990, o “Pibe de Oro” voltou ao local, quando a Argentina ficou em segundo lugar na Copa de 1990, disputada na Itália, após derrota para a então Alemanha Ocidental.

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