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Nova onda de explosões atinge Líbano após sabotagem de pagers do Hezbollah

Denotações de walkie-talkies nos entornos de Beirute e no sul do país deixaram mortos e dezenas de feridos

Por Da Redação Atualizado em 18 set 2024, 14h21 - Publicado em 18 set 2024, 12h00

Uma nova onda de explosões atingiu o Líbano nesta quarta-feira, 18, um dia depois de pelo menos 12 pessoas serem mortas e outras 2.700 feridas no país em um ataque, aparentemente coordenado, que fez detonar pagers usados pela milícia libanesa Hezbollah, aliada do grupo militante palestino Hamas na guerra contra Israel em Gaza.

Várias explosões foram registradas no local de um funeral para três membros do Hezbollah e uma criança, mortos no incidente com os pagers no dia anterior, de acordo com a agência de notícias Associated Press. O Ministério da Saúde do Líbano afirmou que um total de nove pessoas morreram e pelo menos 300 ficaram feridas, afirmando que os alvos, desta vez, foram walkie-talkies.

Ao menos três pessoas morreram na região do Beeka, de acordo com a agência de notícias estatal libanesa, como resultado da detonação de walkie-talkies. Relatos iniciais sugerem que houve cerca de 20 explosões nos entornos da capital libanesa, Beirute, e outras 15 a 20 no sul do país. 

Críticas da ONU

Poucas horas antes, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, criticou o uso de objetos civis como armas em ataques indiscriminados.

“Esta deveria ser uma regra para todos no mundo, que os governos deveriam ser capazes de aplicar”, disse.

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Logo depois da nova onda de explosões nesta quarta-feira, a Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que exige a retirada das forças de Israel de todos os territórios palestinos ocupados – incluindo aí Faixa de Gaza, Cisjordânia e Colinas de Golã – dentro de um ano. A medida foi aprovada com esmagadores 124 votos a favor e 14 contra, com 43 abstenções, provocando aplausos na câmara da assembleia em Nova York. No entanto, foi uma decisão simbólica, pelo fato de não ser vinculativa. Ou seja, não tem poder de se fazer concretizar.

O grupo libanês, apoiado e financiado pelo Irã, já havia responsabilizado Israel pelo ataque da véspera e prometeu uma retaliação, elevando temores de uma guerra total entre Hezbollah e as forças israelenses – o que aumentaria as tensões num Oriente Médio já explosivo devido ao conflito em Gaza.

A coordenadora especial das Nações Unidas para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, alertou para o risco de uma “escalada extremamente preocupante, pedindo a “todas as partes envolvidas a se absterem de qualquer ação (…) que possa desencadear uma conflagração mais ampla”.

“Nova fase” da guerra

Depois do incidente desta quarta-feira, o ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou o início de uma “nova fase” da guerra com foco na linha de frente do norte do país, contra os combatentes do Hezbollah no Líbano. Em discurso a soldados, ele elogiou o “resultados impressionantes” do exército e agências de segurança israelenses. Porém, não mencionou as explosões de dispositivos.

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“O centro de gravidade está se movendo para o norte. Estamos desviando forças, recursos e energia para o norte”, disse Gallant, de acordo com o jornal local The Times of Israel. “Acredito que estamos no início de uma nova fase nesta guerra e precisamos nos adaptar. Precisaremos de consistência ao longo do tempo, esta guerra requer grande coragem, determinação e perseverança.”

Tensão entre Israel e Hezbollah

Na terça-feira, após a explosão dos pagers, o Hezbollah prometeu uma “punição justa” contra o governo israelense, em um momento de tensão entre Israel e o o grupo, marcado pela escalada de bombardeios na fronteira entre Líbano e Israel.

No final do mês passado, caças israelenses bombardearam mais de quarenta alvos do Hezbollah, que estaria preparando um ataque para vingar o assassinato de um de seus principais líderes, o vice-comandante Fouad Shukr, morto em Beirute por forças de Tel Aviv.

Em seguida, o grupo militante libanês lançou cerca de 300 mísseis e drones contra alvos militares do outro lado da fronteira, a maioria neutralizada no ar pelo sistema de defesa antiaérea de Israel, o Domo de Ferro. Foi a pior escalada de violência entre os dois lados desde o início do conflito na Faixa de Gaza, em 7 de outubro do ano passado.

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