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Nos EUA, Eduardo Bolsonaro confirma mudança da embaixada para Jerusalém

Deputado veste boné da campanha de reeleição Trump e propõe que Brasil se envolva no conflito entre sunitas e xiitas no Oriente Médio

Por Da Redação
Atualizado em 27 nov 2018, 21h14 - Publicado em 27 nov 2018, 21h03

Como um enviado especial de seu pai na capital dos Estados Unidos, o deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou nesta segunda-feira, 27, que a mudança da embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém é “uma questão de quando” e não de “se”. O deputado expressou a certeza sobre a tomada dessa decisão depois de sua conversa na Casa Branca com Jared Kushner, conselheiro e genro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Kushner foi um dos principais articuladores da mudança da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém em maio passado. A iniciativa, que significa o reconhecimento da soberania de Israel sobre Jerusalém, foi criticada mundo afora e acompanhada apenas pela Guatemala. A Organização das Nações Unidas mantém o tema em aberto, ciosa do fato de a Autoridade Nacional Palestina reivindicar sua soberania sobre Jerusalém Ocidental.

Eduardo Bolsonaro, porém, não entrou na questão relativa ao posicionamento da comunidade internacional. Questionado sobre os impactos dessa iniciativa sobre o comércio do Brasil com os países do Oriente Médio, ele surpreendeu ao propor uma forma de “suprir” essas perdas aos exportadores brasileiros. Chegou também a sugerir, como potencial solução, a intromissão do Brasil no conflito entre sunitas e xiitas no Oriente Médio.

“Se isso pode interferir alguma coisa no comércio, temos que ter alguma maneira de tentar suprir, caso venha a ocorrer esse tipo de retaliação”, afirmou. “Eu acredito que a política no Oriente Médio já mudou bastante também. A maioria, ali, é sunita. E eles veem com grande perigo o Irã (xiita). Quem sabe apoiando políticas para frear o Irã, que quer dominar aquela região, a gente não consiga um apoio desses países árabes”, completou Eduardo Bolsonaro.

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O deputado ainda afirmou “não haver nenhuma crise” com o Egito, que suspendeu a visita que receberia do chanceler Aloysio Nunes Ferreira, como líder de uma missão de empresários brasileiros, por causa de declarações do presidente-eleito sobre a mudança da embaixada em Israel.

“Quem não foi ao Egito foi só o chanceler Aloysio Nunes. Todo o corpo empresarial que estava previsto para ir para o Egito foi, inclusive a pedido das autoridades egípcias”, afirmou, sem mencionar que nenhum dos empresário foi recebido pelo governo local.

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Em almoço com empresários da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro ganhou um boné com a inscrição “Trump 2020 – Make America Great Again”, o lema da campanha de reeleição do presidente americano, e não teve receio em vesti-lo diante das câmeras. “Ganhei aqui. Bonito? Ganhei dos apoiadores que estão aqui”, afirmou.

Bolsonaro não chegou a comentar se o tema do impacto comercial da mudança da embaixada brasileira em Israel foi tratado durante o almoço. O Egito importou 1,5 bilhão de dólares em produtos brasileiros entre janeiro e setembro, segundo dados públicos da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Todo o Oriente Médio, excluído Israel, comprou 9,6 bilhões de dólares do Brasil no período, em especial produtos do agronegócio. Israel importou 256 milhões de dólares em bens brasileiros no mesmo período.

(Com Estadão Conteúdo)

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