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Pacotes suspeitos são endereçados ao ex-vice-presidente Joe Biden

Envelopes são similares aos outros oito interceptados nos últimos dias; unidades antibombas foram deslocadas para centrais de correios

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h05 - Publicado em 25 out 2018, 10h35

Dois pacotes com explosivos foram interceptados em centros dos correiros do Estado americano de Delaware, endereçados ao ex-vice-presidente do governo Obama, Joe Biden. Estes são o nono e o décimo envelopes descobertos pela polícia até agora. Todos os alvos são figuras ligadas ao Partido Democrata ou críticos do governo Donald Trump.

Assim que o primeiro pacote foi identificado, por volta das 6h da manhã do horário local (7h em Brasília), a polícia foi acionada em um centro dos correios na cidade de Wilmington. A segunda entrega foi interceptada em outra instalação postal, em New Castle.

Segundo a imprensa americana, os dois envelopes são muito similares às outras correspondências que continham explosivos interceptadas desde segunda-feira. Segundo a CNN, unidades antibomba já foram deslocadas para as instalações postais.

Autoridades americanas alertaram que era possível que outros pacotes ainda não tivessem chegado aos destinatários e seria preciso que as pessoas se mantivessem vigilantes nos próximos dias.

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Os outros oito pacotes

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O alarme em torno dos incidentes começou na manhã desta quarta-feira, quando o Serviço Secreto americano comunicou que havia interceptado dois pacotes com explosivos endereçados às casas do ex-presidente Barack Obama e da família dos democratas Hillary e Bill Clinton. 

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Os dois explosivos foram descobertos pelas equipes de segurança durante “procedimentos rotineiros de triagem de correspondência”. Segundo o Serviço Secreto, os democratas não chegaram a receber as encomendas e não correram qualquer risco.

Pouco depois, o prédio onde fica a sede da emissora CNN e outras empresas de mídia foi esvaziado por conta de outro pacote com explosivos. Segundo as primeiras informações, a entrega estava endereçada a John Brennan, ex-diretor da CIA e ex-comentarista do canal de notícias.

Na segunda, um pacote com explosivo já havia sido encontrado na caixa de correio do bilionário George Soros, um dos grandes doadores do Partido Democrata e apoiador de causas progressistas ao redor do mundo.

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O escritório da deputada pelo Estado da Flórida e ex-presidente do Comitê Democrata Debbie Wasserman Schultz também foi esvaziado na quarta-feira depois de receber um pacote com explosivos. O envelope enviado à Schultz estava, na verdade, endereçado ao ex-secretário de Justiça Eric Holder, mas continha o endereço errado e foi enviado de volta ao remetente. Segundo a etiqueta na embalagem, o pacote havia sido enviado pela deputada, por isso voltou ao seu escritório. Holder também faz parte do Partido Democrata.

Dois pacotes suspeitos também foram interceptados em unidades dos correios em Maryland e Washington. Estavam endereçados à deputada democrata Maxine Waters, da Califórnia.

Na manhã desta quinta, o ator e produtor Robert De Niro também recebeu um envelope suspeito na sede de sua produtora.

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Os pacotes enviados para John Brennan, Eric Holder, Maxine Waters, Robert De Niro e Joe Biden tinham a deputada Debbie Wasserman Schultz como remetente, segundo a imprensa americana.

Segundo relatos e divulgação de fotografias, os pacotes traziam pequenas bombas caseiras, mas potencialmente letais: um tubo metálico cheio de material explosivo e estilhaços, hermeticamente selado nas extremidades, que seria detonado por um fusível colocado através de uma agulha.

Agressividade de Trump

Depois de pedir união em discurso na tarde de quarta-feira na Casa Branca, o presidente Donald Trump voltou a adotar nesta quinta seu típico tom agressivo para atacar a imprensa e culpar seus “relatos propositadamente falsos e imprecisos” pelo clima de raiva que se espalha atualmente pelos Estados Unidos.

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“Uma parte muito grande da raiva que vemos hoje em nossa sociedade é causada pelos relatos propositadamente falsos e imprecisos da mídia tradicional a que me refiro como Fake News. Ficou tão ruim e odioso que está além de qualquer descrição. A mídia tradicional deve limpar seu atos, rápido!”, escreveu o presidente no Twitter.

As reações iniciais de Trump à primeira ameaça de atentado terrorista em solo americano desde 2001 foram marcadas pela apatia. Primeiro, ele limitou-se a repetir, no Twitter, a mesma mensagem postada por seu vice-presidente, Mike Pence. Depois, como não poderia deixar de comentar a questão, deu uma brevíssima declaração em um evento comandado pela primeira-dama, Melania.

No seu discurso na Casa Branca, Trump limitou-se a pedir a união no país, dizer que as agências e órgãos federais estavam investigando o caso e sublinhar que a segurança nacional é sua prioridade. Não gastou mais do que dois minutos e tampouco estendeu o roteiro básico de um chefe de Estado para ocasiões como a de hoje. Por fim, evitou uma declaração de solidariedade às potenciais vítimas.

Algumas horas depois, contudo, voltou a adotar o tom agressivo pelo qual já é conhecido. Em um comício para as eleições legislativas de meio de mandato em Wisconsin, o presidente tentou reverter o noticiário do dia, e atacou mais uma vez a imprensa.

Ele pediu aos jornalistas que “estabeleçam um tom civilizado” e “parem com a interminável hostilidade e com os constantes ataques e histórias negativas, muitas vezes falsas”.

Em seguida, tentou novamente adotar o tom conciliador de antes, mas não deixou de lado o cinismo. “A propósito, vocês veem como estou me comportando de fome legal hoje à noite?”, perguntou. “Vocês já viram isso? Estamos todos nos comportando muito bem!”, completou.

As insistentes e enfáticas tentativas de Trump de desmoralizar a imprensa americana e seus opositores foram vistas por muitos críticos de seu governo como incentivo para os atos de violência registrados nos últimos dias.

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