O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado, 4, em discurso divulgado em vídeo pelas comemorações do Dia da Independência, que o país em breve vai se recuperar dos efeitos da pandemia do novo coronavírus, a qual chamou de “praga da China”. “Hoje é um dia para celebrar muitas coisas diferentes, mas principalmente a liberdade”, declarou o republicano na mensagem publicada no Twitter.
“Há quatro meses estávamos batendo recordes em qualquer campo, não importa o quê. Se você olhar para cada coisa separadamente, tínhamos os melhores números de desemprego, os melhores números de emprego, os melhores números da bolsa de valores que já tivemos”, recordou. Segundo o presidente americano, os Estados Unidos vinham tendo o melhor desempenho de qualquer país do mundo em toda a história da humanidade, mas foram atrapalhados pela crise sanitária.
“Fomos atingidos por esta terrível praga da China e agora estamos prestes a vencê-la. O nosso país vai se recuperar”, frisou o chefe de governo, que encerrou sua mensagem com a promessa de que os Estados Unidos serão maiores que antes.
As declarações de Trump, contudo, não condizem com os números divulgados pelas autoridades de saúde do país. O território americano enfrenta uma retomada do crescimento dos casos de coronavírus em pelo menos 36 estados. Apenas duas regiões registraram queda no número de novas infecções.
A Flórida é apontada por especialistas como o possível novo foco da doença. O estado registrou 9.585 novos casos apenas no sábado 27, um recorde desde o início da pandemia.
Trump também participou neste sábado de uma cerimônia de queima de fogos em Monte Rushmore, na Dakota do Norte, com a primeira-dama, Melania Trump.
Por sua vez, o provável adversário de Trump nas eleições presidenciais de novembro, o democrata Joe Biden, postou uma mensagem na mesma rede social incentivando as pessoas a usarem máscaras, indo na contramão do presidente, que se recusa a cobrir o rosto. “Neste 4 de julho, uma das coisas mais patrióticas que você pode fazer é usar uma máscara”, disse o ex-vice-presidente.
O Estados Unidos são o país mais afetado pela crise sanitária, com mais de 2,8 milhões de casos de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 confirmados e mais de 129.500 mortes, de acordo com números da universidade Johns Hopkins.
(Com EFE)