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Com 97% das urnas apuradas, Netanyahu tem reeleição praticamente certa

Durante o processo de apuração, atual premiê reivindicou a vitória em um discurso nesta manhã perante os membros de seu partido e seus apoiadores

Por Da Redação
Atualizado em 10 abr 2019, 09h10 - Publicado em 10 abr 2019, 06h17

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está muito próximo de conquistar um quinto mandato. Com mais de 97% dos votos apurados após as eleições gerais realizadas na terça-feira 9 no país, o partido do premiê, Likud, está empatado com seu maior adversário, a coalizão centrista Kahol Lavan. O crescimento de partidos religiosos de direita, contudo, certamente deve garantir uma maioria parlamentar para Bibi.

Segundo os dados do Comitê Central Eleitoral, com mais 3,9 milhões dos votos apurados, o Likud obteve 26,47% dos votos, contra 26,11% do Kahol Lavan. Isso significaria que cada um dos partidos deve ganhar 35 assentos no Knesset, o parlamento israelense formado por 120 deputados.

O bloco de partidos ultra-ortodoxos deve terminar as eleições com 16 assentos e os partidos Yisrael Beitenu e Ihud Miflagot HaYamin, da direita, com 5 assentos cada. O Kulanu, uma legenda de centro criada por políticos que se desligaram do Likud, tem 4 lugares.

As legendas são as que constituem a atual coalizão que apoia Netanyahu como primeiro-ministro. Com esse bloco bem consolidado, o premiê está muito perto de conseguir formar um governo de 65 cadeiras e conquistar a reeleição.

“É uma noite de vitória colossal”, disse Netanyahu, de 69 anos, em um discurso tarde da noite na sede do Likud após a votação de terça-feira, sob gritos da multidão de apoiadores e o barulho de fogos de artifício.

Os principais índices da bolsa de valores de Tel Aviv abriram em alta de 0,5% nesta quarta-feira, 10, mostrando confiança em um primeiro-ministro cujo governo fez a economia funcionar e enfrentou os desafios de segurança.

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A acirrada disputa eleitoral foi amplamente vista em Israel como um referendo sobre o caráter e o governo de Netanyahu, que enfrenta alegações de corrupção. Ele enfrenta uma possível acusação em três casos de propina, e nega ter cometido irregularidades em todos eles.

Apesar disso, Netanyahu ganhou quatro assentos em relação ao atual governo de coalizão, de acordo com dados publicados  pelo Comitê Eleitoral Central.

O principal desafiante de Bibi, o ex-general Benny Gantz, do recém-criado Kahol Lavan, conseguiu empatar com o Likud. No entanto, a menos que consiga reverter promessas de campanha de outros partidos que declararam apoio a Netanyahu, Gantz parece destinado a liderar uma oposição parlamentar de centro-esquerda.

“Os céus podem parecer nublados… mas eles não podem esconder o sol de esperança que trouxemos ao povo e à sociedade de Israel”, escreveu Gantz, de 59 anos, em uma carta aberta a seus partidários.

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A coalizão ligada ao centrista obteve ao menos 45 assentos no Knesset, segundo os resultados preliminares. Entre os partidos que apoiariam Gantz em um possível governo estão o trabalhista Labor, que conquistou 6 lugares, o esquerdista Meretz, que aparece com 4 assentos.

As coligações árabes Hadash-Ta’al e Ra’am – Balad conseguiram ultrapassar a cláusula de barreira e entrar no Parlamento, segundo as previsões. O primeiro partido tem 6 assentos e o segundo 4. 

A participação eleitoral nessas eleições foi de 4.016.310 eleitores, cerca de 67%, quase 4% a menos do que nas últimas eleições legislativas, em 2015, revelou o jornal digital local Times of Israel.

Caso Netanyahu de fato retenha o poder, ele se tornará o primeiro-ministro israelense mais longevo em julho, ultrapassando o fundador do país, David Ben-Gurion, com 10 anos de mandato. No entanto, isso pode não ocorrer se acusações criminais forem apresentadas, forçando sua remoção.

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