Em seu primeiro pronunciamento desde a descoberta e identificação de seis reféns assassinados pelo Hamas em Gaza na semana passada, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, revelou que pediu desculpas às famílias das vítimas. Os corpos, quatro homens e duas mulheres, foram recuperados pelo Exército de Israel em um túnel no sul de Gaza na quinta-feira passada e identificados no último domingo, 1º de setembro.
Durante uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (2), Netanyahu expressou seu pesar, afirmando: “Eu disse às famílias, e repito nesta noite — peço desculpas por não termos conseguido trazê-los de volta com vida. Chegamos perto, mas não conseguimos”, conforme reportado pelo jornal local The Times of Israel. O premiê aproveitou para reiterar suas ameaças ao Hamas.“Israel não deixará esse massacre simplesmente passar”, diz Netanyahu, apontando o dedo no púlpito. “O Hamas pagará um preço muito alto por isso.”
Paralelamente a isso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou, nesta segunda-feira, Netanyahu por não fazer o suficiente para garantir um acordo de cessar-fogo com o Hamas, com o objetivo de libertar as 101 pessoas que ainda estão em cativeiro na Faixa de Gaza.
Greve geral em Israel
Israel foi paralisado por uma greve geral convocada pelo maior sindicato do país, o Histadrut, nesta segunda-feira, 2. O sindicato exigiu que Netanyahu assinasse um acordo de cessar-fogo em Gaza que incluísse a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas desde outubro do ano passado. A greve resultou na interrupção de serviços municipais em vários distritos. Arnon Bar-David, chefe do Histadrut, convocou a greve após o Exército de Israel recuperar os corpos dos seis reféns.