Netanyahu: ‘Irã cruzou uma linha vermelha e respondemos’
O confronto é o mais grave já ocorrido entre os dois países; Israel bombardeou bases iranianas na Síria após mísseis atingirem as Colinas de Golã
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira (10) que os ataques aéreos israelenses contra alvos do Irã na Síria são uma resposta “proporcional” aos bombardeios que a República Islâmica efetuou contra soldados israelenses posicionados nas Colinas de Golã na noite de quarta-feira.
“O Irã cruzou uma linha vermelha. Nós respondemos proporcionalmente”, afirma o líder israelense. Em uma breve declaração por vídeo, ele diz que Israel executou um “ataque muito amplo contra alvos iranianos na Síria”.
“Estamos em meio a uma batalha prolongada, e a nossa política é clara: não permitiremos que o Irã se consolide militarmente na Síria. Ontem enviei uma mensagem clara ao regime de Assad: nossa operação foi contra alvos iranianos na Síria. Mas se o Exército sírio agir contra nós, responderemos a isso. Foi o que aconteceu ontem”, disse o primeiro-ministro.
O confronto é o mais grave já ocorrido entre israelenses e iranianos. Vinte foguetes foram disparados em direção ao norte de Israel na noite de quarta-feira, mas nenhum dos projéteis chegou a atingir o território israelense – quatro deles foram abatidos e os demais caíram na Síria.
Em resposta, Israel bombardeou “dezenas” de estoques de armas e centros logísticos e de centros de inteligência iranianos na Síria, matando 23 combatentes – entre eles, cinco sírios.
Nesta quinta-feira, o Líbano acusou Israel de desviar dois dos mísseis usados no ataque às bases iranianas para atingir o território libanês, porém autoridades israelenses negaram essa afirmação.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliado do governo israelense, apoiou a reação de Israel frente aos ataques do Irã. “Os Estados Unidos condenam os ataques provocativos de mísseis do regime iraniano, a partir da Síria, contra cidadãos israelenses, e nós apoiamos fortemente o direito de Israel de agir em sua autodefesa”, diz comunicado divulgado pela Casa Branca.
(Com Reuters)