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Navio com 200 toneladas de ajuda humanitária zarpa em direção a Gaza

Embarcação carregando farinha, arroz e proteína em pó saiu do Chipre como parte de um projeto piloto para criar um porto no enclave palestino

Por Da Redação
Atualizado em 12 mar 2024, 11h40 - Publicado em 12 mar 2024, 11h32

Um navio carregando quase 200 toneladas de ajuda humanitária saiu de Chipre em direção à Faixa de Gaza nesta terça-feira, 12. A carga do barco Open Arms, que está atracado no país há cerca de um mês, inclui farinha, arroz e proteína em pó, bem como água potável e medicamentos, e deve chegar ao enclave palestino em dois dias.

A embarcação faz parte de um projeto piloto que pretende abrir um porto em Gaza e criar uma rota marítima para levar recursos à população palestina. Foi o primeiro navio autorizado a entregar ajuda a Gaza desde 2005, e também o primeiro alívio do bloqueio naval imposto por Israel ao território em 2007, após o grupo terrorista palestino Hamas assumir o governo local.

Inicialmente, o Open Arms deixaria o porto de Larnaca, no Chipre, na sexta-feira. Mas a data foi adiada três vezes devido à “razões técnicas” – segundo a mídia cipriota, a finalização da construção do cais de desembarque atrasou. Segundo sites de rastreamento marítimo, o barco e a barcaça que o acompanha estão viajando a uma velocidade baixa, cerca de 3,7 nós (menos de 7 km/h). Por conta disso, devem chegar ao destino em até dois dias, ao invés do prazo normal de 15 horas.

Piloto

O principal financiador do projeto são os Emirados Árabes Unidos, com apoio da instituição de caridade espanhola Proactiva Open Arms, que forneceu o navio, e da instituição de caridade americana World Central Kitchen (WCK), que organizou a viagem. José Andrés, fundador da WCK, afirmou que o objetivo da iniciativa é criar uma rodovia marítima que leve milhões de refeições a Gaza continuamente.

Os militares israelenses também permitiram a construção de um porto em Gaza, que possibilitaria que os insumos sejam descarregados e transportados por caminhões dentro do enclave. De acordo com a WCK e declarações na mídia israelense na terça-feira, a caridade americana, junto a outras ONGs, já está construindo um cais com escombros e materiais de edifícios destruídos em uma praia no norte de Gaza.

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A carga das embarcações será inspecionada no Chipre por uma equipe que inclui israelenses, o que evitará a necessidade de verificação no local de destino e pode eliminar possíveis atrasos.

Crise humanitária

O primeiro carregamento de ajuda humanitária zarpou no mesmo dia em que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a fome em Gaza era inaceitável.

“A situação é mais dramática do que nunca e atingiu um ponto de virada. Todos nós já vimos relatos de crianças que morreram de fome. Isto não pode ser assim”, disse Von der Leyen num discurso ao Parlamento Europeu nesta terça-feira.

As remessas de ajuda da Europa a Gaza sofreram reduções consideráveis desde outubro do ano passado, quando começou a guerra. Por dia, entravam cerca de 500 toneladas de insumos só do do bloco europeu no enclave. Agora, são menos de 100 toneladas de ajuda por dia. Segundo as Nações Unidas, quase toda a população da Faixa, de 2,3 milhões de palestinos, enfrenta situação de fome ou desnutrição.

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