Náufragos que escreveram ‘SOS’ na areia são resgatados no Pacífico
Resgate acontece na Micronésia e foi feito em ação conjunta da Guarda Costeira dos EUA e Marinha da Austrália
Três homens foram resgatados por autoridades americanas e australianas no Oceano Pacífico na segunda-feira 3 após terem escrito “SOS” na areia de uma ilha na qual estavam presos.
Os homens realizavam uma viagem de pouco menos de 42 quilômetros entre Pulawat e o Atol de Pulap, localizados nos Estados Federados da Micronésia, na quinta-feira 30, quando o pequeno barco ficou sem combustível. O mar, então, arrastou a embarcação até a pequena ilha inabitada de Pikelot, que fica a 118 quilômetros do destino inicial.
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Clique e AssineQuando os marinheiros não chegaram ao destino final, a Guarda Costeira dos Estados Unidos, que fica estacionada em Guam, também na Micronésia e a 800 quilômetros das ilhas, foi acionada.
Os três foram avistados primeiro por um avião de carga americano que decolou da base da força-aérea americana em Guam. A aeronave estava patrulhando por horas e já estava no fim de sua rota quando avistou o pedido de socorro.
“Estávamos no fim da patrulha”, disse o piloto tenente Jason Palmeira-Yen. “Viramos (o avião) para evitar torrentes de chuva, olhamos para baixo e vimos uma ilha, então decidimos dar uma olhada. Foi nesse momento que avistamos o sinal de SOS e um barco ao lado na praia”, disse. O piloto, então, entrou em contato com a marinha australiana que estava por perto e que tinha dois helicópteros.
Primeiro, um helicóptero australiano que decolou do navio anfíbio de assalto HMS Canberra pousou na areia, deu comida e água e analisou a situação física dos homens. Depois, um avião C-130 americano lançou de paraquedas sistemas de rádio para os náufragos se comunicarem com um barco de resgate enviado para retirá-los da ilha.
Segundo um comunicado conjunto, toda a ação seguiu as normas de segurança por conta da pandemia de Covid-19.
“Parceria foi o que fez esse resgate possível”, afirmou o comandante da Guarda Costeira americana em Guam, Christopher Chase. “Através da coordenação com diversas organizações, nós conseguimos salvar três membros de nossa comunidade e levá-los de volta a suas famílias”, disse.